setembro 08, 2024
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Desobediência

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Com texto de Renata Mizrahi, espetáculo narra trajetória de japonês que salvou mais de 6 mil vidas de refugiados judeus em plena Segunda Guerra Mundial

Espetáculo 'Desobediência'
Crédito: Joelma Do Couto
Baixe aqui mais imagens de divulgação

Inspirado no livro de Yukiko Sugihara, Desobediência faz apresentações gratuitas no Centro Cultural da Diversidade

Um ato heroico e humanitário em plena Segunda Guerra Mundial é retratado pela peça Desobediência, texto inédito de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “Passaporte para a Vida”, de Yukiko Sugihara. O espetáculo, dirigido por Regina Galdino, segue em circulação por São Paulo. Desta vez, faz duas apresentações gratuitas no Centro Cultural da Diversidade nos dias 7 e 8 de dezembro, às 20h.

A peça foi idealizada por Rogério Nagai, que também está no elenco ao lado de Beatriz Diaféria, Carla Passos e Ricardo Oshiro. A montagem faz parte do projeto do Coletivo Oriente-se, em coprodução com a Nagai Produções Artísticas e Culturais.

A trama narra de forma não-linear a jornada de Chiune Sugihara, um representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 2 mil vistos para judeus refugiados da Polônia ao longo de 20 dias, desobedecendo às ordens do Japão – que participava do Eixo, aliança com a Alemanha nazista e a Itália fascista.

Esses documentos se transformaram em mais de 6 mil vidas judias salvas durante a guerra. A história é contada pelo ponto de vista de Yukiko, a esposa do representante, que narra a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, o nascimento dos filhos, os privilégios que tiveram na guerra, o episódio da desobediência, a derrota, a fuga, a prisão, a volta à terra-natal e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. 

“Acho que o texto discute como, às vezes, seguimos na vida de forma automática, sem olhar para o lado, e acabamos naturalizando barbaridades, como o fato de alguém estar morrendo de fome na rua enquanto outra pessoa ostenta por aí uma vida milionária. Acredito que a voz da Yukiko é muito importante. Já naquela época, ela falava de empoderamento, de machismo, de sexismo e de xenofobia”, comenta a autora Renata Mizrahi.

Já a diretora Regina Galdino acredita que o Desobediência é importante para nos mostrar caminhos em que o humanismo venceu o autoritarismo, sobretudo quando vivemos um retorno da extrema direita em todo o mundo. “Temas como as intolerâncias religiosa e étnica, a perseguição ideológica, as guerras pelo poder e territórios, a desumanidade, os refugiados e as crises econômicas, a desobediência a regras desumanas e a liberdade feminina estão presentes nesta história de esperança e obstinação na luta pela vida, com um elenco de nipo-brasileiros”, complementa.

Ela ainda conta que a peça passeia pelo tempo e espaço de forma dinâmica, sem seguir a ordem cronológica, “em um jogo de aproximações e choques entre as culturas japonesa, judaica e europeia”.

“O casal Chiune e Yukiko Sugihara contracena com diversas personagens interpretadas por um ator e uma atriz e optamos por figurinos atemporais, que ampliam a atualidade da história. O cenário e os elementos de cena são sintéticos e não-realistas estabelecendo, de forma abstrata, com a ajuda da iluminação, todas as cidades pelas quais o casal passou, desde Helsink, na Finlândia, até o retorno ao Japão, passando por Kaunas, na Lituânia; Berlim, na Alemanha; Praga, na então Tchecoslováquia; Konigsberg, na antiga Prússia, e Bucareste, na Romênia”, revela Galdino sobre a encenação.

A encenadora conta inda que o grupo pesquisou como despertar a imaginação do público com imagens abstratas, não-realistas e inusitadas por meio de um cenário surrealista e de tecidos vermelhos utilizados no lugar de objetos.

“A expressão corporal e a interpretação dos atores e atrizes convidarão o público, de forma sintética, a imaginar trens, florestas, praias, navios, salões de baile, consulados, prisões, máquinas de escrever e fuzis, além dos vistos emitidos para os judeus. Misturando drama e humor, contamos essa história pouco conhecida pelo público usando figurinos atemporais cinzas, “manchados” por tecidos vermelhos, com diferentes funções; um painel de fundo preto e branco com imagem surrealista; projeções abstratas; e a música original, com um tema e variações para passear por diferentes países e culturas”, acrescenta.


SINOPSE

Desobediência é uma peça inédita de Renata Mizrahi livremente inspirada no livro “Passaporte Para a Vida”, de Yukiko Sugihara.  A peça conta, de forma não-linear, a jornada de Chiune Sugihara, representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 2 mil vistos para judeus refugiados da Polônia, desobedecendo às ordens do Japão, aliado da Alemanha e Itália.

Os 2 mil vistos se transformaram em mais de 6 mil vidas judias salvas na guerra. A história é contada pelo ponto de vista da esposa Yukiko: a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, os filhos, os privilégios que tiveram na guerra, a desobediência ao consulado japonês, a derrota, a fuga, a prisão, a volta ao Japão e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. O texto é um drama, com doses de humor. 


FICHA TÉCNICA


Texto: Renata Mizrahi

Direção: Regina Galdino

Elenco: Beatriz Diaféria, Carla Passos, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai

Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen

Vídeo mapping e operação de som: Alexandre Mercki

Música original: Daniel Grajew

Design e operação de luz: Paula da Selva

Produção executiva: Amanda Andrade

Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai

Assistência de Direção: Edson Kameda

Fotografia: Joelma Do Couto, Rony Costa e Mari Jacinto

Mídias sociais: Lol Digital

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Comunicação visual: Pethra Ubarana

Realização: Coletivo Oriente-se, Nagai Produções e Secretaria Municipal de Cultural –

Lei de Fomento ao Teatro


SERVIÇO

Desobediência, de Renata Mizrahi

Centro Cultural da Diversidade

7 e 8 de dezembro, às 20h

R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi

Grátis

12 anos
75 minutos
@nagaiproducoes 

Sergio Diniz da Costa
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