A leitora Marcella solicitou e o genealogista Afrânio atendeu: ATENDIMENTOS NÚMEROS 378 , 379 , 380 e 381
Prezado Afrânio, boa noite!
Minha avó faleceu muito nova e temos poucas informações sobre sua família.
Ela nasceu no ano de 1920 e se chamava Olívia Mattos(Silva- não tenho certeza do ultimo nome).
Gostaria de descobrir mais sobre ela e sua família!
Agradeço a atenção dispensada desde já!
Abraços
Marcella Gonçalves do Vale
Prezada Marcela,
Em primeiro lugar os meus agradecimentos pela oportunidade de atendê-la em
suas solicitações.
Vamos lá.
Não tenho arquivos de pessoas a exemplo de Olivia Mattos Silva.
Tenho arquivo de sobrenomes.
Sua avó é nascida no ano em que já havia o Registro de Pessoas no Brasil.
Se você souber onde ela nasceu fica fácil de achar a sua certidão de Nascimento.
Em tendo esta você terá o nome de seus avós e bisavós.
Na impossibilidade você pode ter a certidão de Óbito e nesta tem a filiação e onde
nasceu.
Assim terá o nome de seus avós.
É dessa forma que conseguimos buscar as informações.
Se não sabe onde ela nasceu e ou onde faleceu , que é onde estão os registros,
você pergunta aos seus parentes mais antigos que devem saber.
Enquanto isso envio para você os arquivos de seus sobrenomes e abaixo um pequeno
resumo de cada um deles.
Gonçalves …………….28 páginas e 3 brasões ;
Matos/Mattos………. 12 páginas e 1 brasão ;
Silva……………………. 35 páginas e 2 brasões e
Vale/Valle…………… 5 linhas em espanhol e 3 brasões do sobrenome VALLI, das origens
espanhola, catalunha e italiana.
Valli/Valle…………… 4 páginas e 3 brasões.
Marcela, você está recebendo uma grande quantidade de material para pesquisar
as origens dos seus sobrenomes.
Dentro deles verá que existe uma quantidade enorme de nomes e , torço, para que encontre
algum dos seus.
Grande abraço
Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / Rol – Região On Line.
Gonçalves, sobrenome de origem portuguesa. Apelido patronímico (filhos de Gonçalo) que deu origem certamente a múltiplas famílias sem qualquer parentesco entre si.
Antes do séc. XVI, a um Antão Gonçalves foram concedidas armas que já figuram no Livro do Armeiro-Mor.
Da baixa latinidade Gundisalvici (de Gundissalbici): Gundisalbiz [897], Gundisaluiz [928], Gundissalbici [1026], Gunsaluizi [1077],Gunzaluiz. Gonçalo: do germânico composto de gundi, batalha, luta, no ant. alto al., e o segundo elemento, salo, escuro em ant. alto al. – cego pela luta (Antenor Nascentes, II, 127). Assim como os demais patronímicos antigos – Eanes, Fernandes, Henriques, etc. – estesobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Brasil: Há várias famílias com este sobrenome em diversas partes do Brasil, de origem portuguesa, colombiana, espanhola. paraguaia, argentina, uruguaia, etc. No Rio de Janeiro, entre as quase 200 famílias com este sobrenome, nos séculos XVI e XVII, registram-se: I – várias, documentadas em 1567, 1570, 1587, 1589, 1594, etc.; II – a de Manuel Gonçalves [1537], sapateiro, fal. depois de 1575; III – a de Pedro Gonçalves [1587], «o galego»; IV – as famílias Gonçalves de Andrade; Gonçalves de Azevedo; Gonçalves da Costa; Gonçalves da Cruz; Gonçalves da Cunha, Gonçalves Ferrão, Gonçalves da Fonseca, Gonçalves Lessa, Gonçalves Machado, Gonçalves Neto, Gonçalves da Silva, etc. (Rheingantz, II, 283-321). Sobrenome de muitas famílias, estabelecidas no Rio de Janeiro, para onde passaram no decorrer dos quinhentos anos de história do Brasil. Entre elas: I – de origem portuguesa, proveniente de Braga, a de Antônio Gonçalves Neves, natural de São Gonçalo de Vilasboas, arcebispado de Braga, Portugal, filho de Francisco Gonçalves e de Domingas Álvares (?).
Matos, sobrenome de raízes toponímicas, foi tirado de uma quinta com tal designação sita na comarca de Lamego. Dizem os genealogistas que esta estirpe provém de Dom Egas Hermiges, bisneto por varonia de Dom Ramiro II, Rei de Leão. Pela sua grande valentia, teve aquele Dom Egas a alcunha de o Bravo. Fundou o Convento do Freixo e fez a quinta a que acima se fez referência. Foi seu filho e herdeiro Dom Hermígio Pais de Matos, por quem se seguiu a linhagem. Por documentos, contudo, apenas podemos remontar a um cavaleiro que se chamou Paio Hermigues de Matos, contemporâneo dos reis Dom Sancho II e D. Afonso III, que era senhor daquela quinta e trazia outras por honras, como se verifica pelas Inquirições. Na sua descendência se continuou o uso daquele apelido.
De origem toponímica, tomado da propriedade da família. De mato, substantivo comum – terreno inculto em que crescem plantas agrestes; conjunto de pequenas plantas agrestes; o campo, por oposição à cidade; a roça (Antenor Nascentes, II, 195; Silveira Bueno, Dic. Escolar, 834). Esta família tomou o sobrenome da quinta do Mato, na freguesia de São Cibram, comarca de Lamego, fundação de D. Paio Viegas, cujo filho D. Hermigio Paes de Matos, foi o 1.º que assim se apelidou. No século XI, na fundação do reino português, já se encontravam alí (Anuário Genealógico Latino, I, 63). Brasil: No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a do Capitão Álvaro de Matos, vereador [1645], que deixou numerosa descendência, do seu cas., c.1625, com Maria Filgueira [c.1603, RJ -1698, RJ], filha de Antônio Martins Palma e de Leonor Gonçalves, casal, que em cumprimento de uma promessa edificou a igreja de N. S. da Candelária, no centro da Cidade do Rio de Janeiro. Seus descendentes foram proprietários da fazenda de São Clemente, hoje o Bairro de Botafogo (Rheingantz, II, 567). Ainda, no Rio de Janeiro, os Matos de Castilho (séc. XVII). Rheingantz registra mais 17 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. Ainda, no Rio de Janeiro, originária de Portugal, a família de Custódio Manuel de Mattos [c.1779, Bartolomeu da Esperança, arceb. de Braga – a.1842, Rio de Janeiro, RJ], filho de Gregório Mattos e de Josefa da Silva, ambos naturais de Braga.
Silva, nome luso-espanhol de raízes toponímicas, foi extraído da torre em honra desta designação, junto de Valença. A linhagem que o adotou como sobrenome é de remotas e nobres origens, pois que anteriores à fundação da Nacionalidade e derivada da Casa Real de Leão. O sobrenome é de origem geográfica, pelo menos, para os que não são de sangue azul. Os Silva nobres são descendentes dos Silvio Romanos.
João Ruiz de Sá, a propósito dos Silva diz: “ Forão seus progenitores / rreys Dalva, donde vyeram / os irmãos que nõ couberão / nu soo rreyno dous senhores” o mesmo João Ruiz de Sá, no ofertório, ao Conde de Porto Alegre, da epístola de Dido e Enéias diz “ Eneas de quem a gente / dos de Sylvia he descendente / como é outra parte digno. “
Obs: escrita em português arcaico.
Virigilio na Eneida VI, 763-6, se refere a Silvio, filho póstumo de Enéias com lavinia, crescido e educado nas florestas. Tito Livio dá versão diferente. Apresenta Silvio como filho de Ascânto e por acaso nascido numa floresta.
Da palavra “Silva”, nome comum a vários arbustos. Procede esta famílias dos Silvios Romanos que viveram na Espanha, no tempo em que os Romanos a conquistaram. Seu solar é a torre de Silva, junto ao rio Minho, Portugal. Descendem de Paio Guterre, os Silva de Portugal, no tempo de Dom Afonso Henriques, 1º rei de Portugal, falecido em 1185, e que era filho de Dom Guterre Aldiretee, descendente dos reis de Leão e companheiro do Conde Dom Henrique de Borgonha.
No Império Romano, o nome era um apelido que designava os habitantes das cidades provenientes da selva. No século I a.C., quando os romanos invadiram a Península Ibérica, muitos lusitanos acabaram incorporando a alcunha. Quinze séculos depois, quando chegaram ao Brasil, grande parte deles tinha o sobrenome Silva. Sua difusão acabou sendo incrementada pelos escravos, que chegavam aqui apenas com um nome, escolhido por padres durante as viagens nos navios negreiros. Com a abolição da escravatura, eles passaram a se registrar com o sobrenome dos seus antigos donos.
O lingüista Flávio di Giorgio, da Pontifícia Universidade de São Paulo, lembra outro fator que pode ter ajudado a popularizar o Silva. Segundo ele, os portugueses que atravessavam o Atlântico recebiam acréscimos ao sobrenome original. “Quem ficava no litoral incorporava o Costa; quem ia para o interior ganhava o Silva, de Selva”, explica. O sobrenome é o mais popular do Brasil, devido a um outro fator chave, quando houve a libertação dos escravos em 1888 através da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, estes escravos acabaram por adotar o sobrenome de seus antigos senhores.
VALE/VALLE
Castellano.
Procedente de las montañas de Santander, de donde se extendió por toda la península.
Probó nobleza en numerosas ocasiones en las Órdenes de Santiago, Calatrava, Alcántara,
Carlos III y San Juan de Jerusalen, así como en la Real Audiencia de O viedo y en la Real
Chancillería de Valladolid.
Valli, Valle, sobrenome de origem italiana. Sobrenome de uma família de origemitaliana estabelecida no Brasil, onde chegou a em 05.12.1884, a bordo do vapor Nord América, Lazina Giuseppe Valle, natural da Itália, procedente de Genova, 32 anos de idade, com destino a Bethlem Descalvado – SP [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, 110 – 05.12.1884]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa estabelecida no Brasil, onde chegou, a 10.01.1882, Francisco do Valle, natural da Ilha de São Miguel, católico, 35 anos de idade, com destino a Ribeirão Preto – SP. Fez parte dos colonos mandados vir pelo Dr. Martinho Prado Júnior. Veio em companhia de os seguintes filhos: I – Virginia, natural da Ilha de São Miguel, 14 anos de idade; II – Maria, natural da Ilha de São Miguel, 11 anos deidade; III – Izabel, natural da Ilha de São Miguel, 9 anos de idade; IV – Manoel, natural da Ilha de São Miguel, 6 anos de idade; V – Julia, natural da Ilha de São Miguel, 3 anos deidade; VI – Gloria, natural da Ilha de São Miguel, 3 meses de idade [Hospedaria dosImigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 002 -10.01.1882].
8 anexos
Visualizar o anexo valli – italia.jpg
valli – italia.jpg
valli.jpg
Visualizar o anexo valli – catalunha.jpg
valli – catalunha.jpg
valle.doc
Visualizar o anexo gonçalves.doc
gonçalves.doc
matos.doc
silva.doc
VALLI.doc
Visualizar o anexo valli – catalunha.jpg
Visualizar o anexo gonçalves.doc
- Jeane Tertuliano: 'Rebeldia' - 3 de janeiro de 2023
- Carolina Michel: 'Por onde anda o AMOR?' - 27 de outubro de 2022
- Carolina Michel: 'Perder ou ganhar' - 1 de outubro de 2022
Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros, Editor-Geral do Jornal Cultural ROL e um dos editores do Internet Jornal. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA. Membro Fundador das seguintes entidades: Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA; Academia Hispano-Brasileña de Ciências, Letras e Artes – AHBLA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALLA e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 7 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Dr. h. c. em Literatura, Dr. h.c. em Comunicação Social, Defensor Perpétuo do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro e Honorável Mestre da Literatura Brasileira; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia e Associação Literária de Tarrafal de Santiago, Embaixador Cultural | Brasil África – Adido Cultural Internacional