José Coutinho de Oliveira: ‘Dialética’
Arte de se chegar ao concílio através do diálogo. Pode se chamar também de toda situação difícil ou embaraçosa; com efeito, precisamos dela toda vez que nos defrontamos com o antagonismo. Compõem-se ela de uma tese (afirmação), uma antítese (contradição ou negação) e a síntese, a negação da negação, o resumo, o meio termo. Ocorre, todavia, que a síntese pode se transformar numa nova tese atraindo dessa forma uma nova antítese, levando ao infinito esse exercício. Dialética é então a arte de contestar, ou tendência de sempre contestar. Diz-se que Deus sabe tirar do mal bens maiores confirmando o que se dizia na antiguidade de que aprendemos com o sofrimento, pathos mathos, princípio com o qual não concordamos muito pois achamos que sofrer por Cristo é reinar, ou seja, o cristão sofre não por culpa mas por opção. Contestar por contestar portanto é perigoso; devemos ao contrário agirmos baseados em princípios. Se queremos impressionar devemos nos valer antes da prática do que da prédica, do dircurso. Achamos todavia que se dá bem quem cuida de si sem se incomodar com o joio que cresce no meio do trigo, ou seja, acreditamos que um inimigo no presente pode se tornar num aliado no futuro.
José Coutinho de Oliveira
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.