novembro 21, 2024
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Formando cidadãos emocionalmente saudáveis

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Paty Fonte e Victor Meirelles:

‘Formando cidadãos emocionalmente saudáveis’

Logo da seção O Leitor Participa'
Logo da seção O Leitor Participa’

Será que nós, adultos, pais, educadores, cuidadores, percebemos a importância das emoções no processo de desenvolvimento do ser humano?

Nosso século é marcado pelas tecnologias digitais e por transtornos emocionais.

Um fato inédito na história preocupa e entristece: pela primeira vez os registros de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos.

Assustadoramente aumentam os índices de problemas psíquicos entre crianças e jovens. Cresce a cada dia o número de jovens que se mutilam. A automutilação atinge adolescentes no Brasil e no mundo. Pesquisas indicam que 20% dos jovens sofrem desse mal. Além disso, em nosso país, as taxas de suicídio cresceram na população em geral. O suicídio é, hoje, a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil.

Uma das causas desta triste realidade é o bullying.

Bullying não é brincadeira

Bullying é um termo em inglês que se refere a um tipo de agressão intencional, repetida e sistemática, praticada por um indivíduo ou grupo contra outro, causando sofrimento e angústia à vítima. Essa violência pode se manifestar de diversas formas, como:

  • Física: agressões físicas, como socos, chutes, empurrões, roubos e danos a propriedades.

  • Verbal: insultos, apelidos, ameaças, humilhações, fofocas e disseminação de rumores.

  • Relacional / Psicológico: exclusão social, isolamento, manipulação de relacionamentos, boatos e disseminação de informações falsas.

  • Ciberviolência / Ciberbullying: bullying praticado por meio de tecnologias digitais, como redes sociais, e-mails e mensagens de texto.

É importante ressaltar que o bullying não é uma simples briga ou desentendimento ocasional. Ele se caracteriza pela repetição das agressões, pelo desequilíbrio de poder entre agressor e vítima, e pela intenção de causar sofrimento psicológico e emocional.

Na lei federal 13185/2015 – Programa de Combate à Intimidação Sistemática / Bullying, os seus artigos e parágrafos classificam e descrevem o bullying e abordam o dever e as obrigações das instituições de ensino ou relacionadas à educação. Para o combate, conscientização e prevenção do bullying, intimidação sistemática e violência na comunidade escolar .

Quais as principais consequências do bullying?

As consequências do bullying podem ser devastadoras para as vítimas, afetando sua saúde física, emocional e social. Algumas das principais consequências incluem:

  • Problemas emocionais: depressão, ansiedade, baixa autoestima, medo, insegurança, isolamento social, dificuldade em confiar nas pessoas.

  • Problemas comportamentais: agressividade, retraimento, dificuldades de aprendizagem, baixo rendimento escolar, problemas de sono, mudanças no apetite.

  • Problemas físicos: dores de cabeça, dores de barriga, problemas estomacais, enurese (xixi na cama), dificuldades respiratórias.

  • Pensamentos suicidas: em casos mais graves, o bullying pode levar a pensamentos suicidas e, em alguns casos, ao suicídio.

É fundamental que a sociedade como um todo esteja atenta ao problema do bullying e trabalhe para prevenir e combater essa prática. Escolas, famílias, comunidades e profissionais de saúde devem atuar em conjunto para oferecer suporte às vítimas, produzir atividades de conscientização da violência para os agressores e promover um ambiente escolar e social mais seguro e acolhedor para todos.

Além de fundamental e necessário é dever e obrigação as práticas, atividades e programas de combate, conscientização e prevenção do bullying e da violência na comunidade educacional, cunhado pela lei federal 13185/2015, além de desde 2024 o bullying e o Cyberbullying se tornar crime, com pena de prisão e multa pela lei 14811/2024.

Ensinar habilidades socioemocionais

A família desempenha um papel fundamental na prevenção e combate ao bullying. Ao cultivar um ambiente seguro, aberto ao diálogo e baseado no respeito, os pais podem ajudar seus filhos a desenvolverem habilidades sociais importantes e a lidarem com situações de conflito de forma saudável.

Ajude seus filhos a desenvolverem habilidades socioemocionais importantes, como a assertividade, a resolução de conflitos e a comunicação eficaz.

Aqui estão algumas dicas práticas para te ajudar nessa tarefa:

1.   Seja um modelo:

  • Demonstre as habilidades que você deseja que seu filho desenvolva: Seja gentil, respeitoso, colaborativo e empático em suas interações com outras pessoas.

    • Comunique-se de forma clara e assertiva: Mostre como expressar seus sentimentos e necessidades de maneira respeitosa.

2.   Incentive a interação social:

  • Organize brincadeiras e atividades em grupo: Estimule a interação com outras crianças, como festas de aniversário, piqueniques ou jogos em parques.

    • Inscreva seu filho em atividades extracurriculares: Esportes, aulas de música ou dança são ótimas oportunidades para desenvolver habilidades sociais.

3.   Ensine a importância da empatia:

  • Converse sobre os sentimentos dos outros: Ajude seu filho a entender como as outras pessoas se sentem em diferentes situações.

    • Incentive a ajudar os outros: Mostre que pequenas ações de gentileza podem fazer uma grande diferença.

4.   Promova a resolução de conflitos:

  • Ajude seu filho a identificar seus sentimentos: Incentive-o a nomear o que está sentindo quando está bravo, triste ou frustrado.

    • Ensine estratégias para resolver conflitos: Explique que é possível resolver problemas de forma pacífica, através do diálogo e da negociação.

5.   Elogie os comportamentos positivos:

  • Reconheça e elogie as atitudes positivas do seu filho: Isso o motivará a repetir esses comportamentos.

    • Seja específico: Ao elogiar, destaque o comportamento específico que você gostou.

6.   Leia livros e conte histórias sobre amizade e cooperação:

  • Escolha livros com personagens que demonstram habilidades sociais positivas: Isso ajudará seu filho a identificar e imitar esses comportamentos.

    • Converse sobre as histórias: Faça perguntas abertas  para estimular a reflexão e a compreensão.

7.   Incentive a participação em atividades familiares:

  • Cozinhem juntos: Essa atividade promove a cooperação e a comunicação.

    • Joguem jogos de tabuleiro: Jogos como “Detetive”, “Imagem e Ação” e “Monopoly” estimulam o raciocínio lógico, a estratégia e a interação social.

8.   Estabeleça limites claros e consistentes:

  • Explique as regras da casa: Seja claro sobre o que é esperado do seu filho.

    • Seja consistente ao aplicar as regras: Isso ajuda a criança a entender o que é certo e o que é errado.

9.   Seja paciente e persistente:

  • Desenvolver habilidades sociais leva tempo: Não espere que seu filho aprenda tudo de uma vez.

    • Celebre as pequenas conquistas: Reconheça o progresso do seu filho e incentive-o a continuar tentando.

Lembre-se: O exemplo é a melhor forma de ensinar. Ao demonstrar as habilidades sociais que você deseja que seu filho desenvolva, você estará mostrando a ele o caminho a seguir.

Referência:

Capa do livro ' Práticas fundamentais de prevenção ao Bullying para as famílias', 
de Patty Fonte e Victor Meirelles
Capa do livro ‘ Práticas fundamentais de prevenção ao Bullying para as famílias’,
de Patty Fonte e Victor Meirelles

Para adquirir o e-book 7 Práticas Fundamentais de Prevenção ao Bullying, de Paty Fotny e Victor Meirelles, acesse:

https://artefazpartearteeducao.sualojaonline.app/item/14414294/ebook-7-praticas- fundamentais-de-preven-cao-ao-bullying-para-familias-paty-fonte-e-victor-meirelles


Sobre os autores

Paty Fonte
Paty Fonte

Paty Fonte – consultora educacional, filósofa, palestrante.

Especialista em Pedagogia de Projetos e Educação Infantil; escritora com vários livros, publicados, dentre eles ‘‘Competências Socioemocionais na Escola e Práticas Socioemocionais para Dinamizar o Ambiente Escolar’, ambos publicados pela WAK Editora.

@patyfonte_ppd


Victor Meirelles
Victor Meirelles

Victor Meirelles – artista, palestrante, Arte Educador, escritor, filósofo, quase Doutor, teve como orientadora no PACC UFRJ a imortal Heloisa Buarque de Holanda; é Mestre em Psicossociologia da Saúde e Comunidade EICOS UFRJ e pesquisador    dos     Institutos     de     Psicologia e Psiquiatria na UFRJ. Pós-Graduado em Filosofia e Direitos Humanos.

Atualmente está realizando um projeto na Universidade de Barcelona. Artista, o qual desenvolve trabalhos de Arte educação, palestras, teatro, cinema e televisão no Brasil e exterior.

@victormeirellesator



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Sergio Diniz da Costa
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