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Universidade de São Paulo

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Marcelo Augusto Paiva Pereira: ‘Universidade de São Paulo’

Marcelo Paiva Pereira
Marcelo Paiva Pereira

No presente ano a Universidade de São Paulo (USP) comemorou 90 anos de criação e há muito tem sido prestigiada dentro e fora do Brasil pela excelência dos cursos superiores e dos valorosos membros do corpo docente. Seguem alguns comentários.

A Revolução de 1930 depôs o presidente Washington Luís e Getúlio Vargas assumiu a presidência, com a promessa de convocar uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição ao País. Além de não a cumprir, dissolveu o Congresso Nacional, governou mediante decretos-lei, nomeou interventores federais, controlou o comércio do café e desagradou os paulistas, que não mais tinham um presidente que os representasse e qualificaram Vargas de ditador.

Aos 09.07.1932 (durante a intervenção de Pedro de Toledo) os paulistas deflagraram a Revolução Constitucionalista com o intuito de pressionar o presidente a elaborar a prometida Constituição (por ele rotulada de revolução separatista), mas as tropas paulistas foram derrotadas pelas federais após dois meses de combates e várias baixas entre os soldados. Pressionado, Vargas convocou em abril de 1933 a Assembleia Constituinte, que promulgou a Constituição aos 16.07.1934, e assim se fez de democrático ao povo em geral.

Em agosto de 1933 o paulistano Armando de Salles Oliveira foi empossado interventor do Estado de São Paulo e criou, mediante o decreto 6.283 de 25.01.1934, a Universidade de São Paulo, com o propósito de fazer do nosso Estado-membro o celeiro das revoluções intelectuais e científicas, aptas a mudar os processos de criação sociais e econômicos do País. Ela surgiu com as Faculdades de Farmácia e Odontologia, de Medicina, de Direito, de Filosofia, Ciências e Letras, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz e da Escola Politécnica de São Paulo.

Para espezinhar Getúlio, os primeiros professores (vindos do exterior) eram comunistas ou simpatizantes. Ele queria industrializar nosso País e precisava do apoio econômico, industrial e político de São Paulo; brigar novamente seria inoportuno e desacolhido pelos apoiadores do governo, que também almejavam a industrialização.

Atualmente a USP possui 42 unidades de ensino e pesquisa distribuídas em dez “campi”, dos quais três estão na capital e os demais no interior. Dentre os fins da aludida Universidade estão a promoção do progresso da ciência pela pesquisa e a transmissão, pelo ensino, de conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito ou que sejam úteis à vida, conforme constam do art. 2º, “a” e “b”, do mencionado decreto.

Conclusivamente, a USP surgiu para fazer de São Paulo o celeiro das revoluções culturais, técnicas e científicas em prol do nosso País, em resposta ao governo de Getúlio Vargas, que nunca escondeu os caprichos autocráticos com que governou o País, mas nunca conseguiu calar, conter, diminuir ou obstruir a universidade que o desafiou e o venceu. Nada a mais.

Marcelo Paiva Pereira

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