Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
‘Comunicação transparente’


às 11:56 PM
Comunicar apresenta-se, hoje, como uma das principais potencialidades da humanidade, objetivamente, na sua vertente mais nobre que é o diálogo, a diferentes níveis: interpessoal, intergrupos, intergeracional e internacional, sejam quais forem os domínios, os temas e as finalidades.
O caminho mais adequado e digno da condição humana, para resolver os conflitos: alguns, naturais e compreensíveis; outros, menos atendíveis, que nas diversas circunstâncias da vida e dos papéis que cada ser humano desempenha, vão opondo interesses, princípios, valores e objetivos.
A humanidade está predestinada à inevitabilidade da comunicação. Quem se esconder na penumbra da indiferença, na aparente tranquilidade do silêncio sistemático e inconfessável, ou no egoísmo dos interesses ilegítimos, terá, provavelmente, imensas dificuldades em cooperar com os seus semelhantes, com as instituições, com um mundo cada vez mais exigente, e com a própria natureza.
Gerir, equilibradamente, a comunicação interpessoal é, cada vez mais, uma ciência superior, (também uma arte), nem necessariamente uma ciência exata, nem absolutamente uma ciência social e humana, porque numa ou noutra, sempre terá lugar alguma objetividade e, simultaneamente, haverá espaço para uma certa margem de subjetividade, sem que isso afete a veracidade da comunicação, a sua autenticidade e eficácia.
Com efeito, a ciência da comunicação pressupõe um método e um objeto: um método ou processo pelo qual se progrida e se alcancem novos resultados, ou se melhorem os já existentes e se atinjam objetivos previamente estabelecidos; um objeto, que, no quadro da ciência da comunicação, se pode identificar com a dimensão humana de relacionamento interpessoal, isto é, melhorar a qualidade e a quantidade dos atos comunicacionais.
Na conjugação e articulação do método com o objeto de estudo, considerem-se as estratégias, os instrumentos e a avaliação, através dos quais se credibilizem, testando, os procedimentos dos interlocutores comunicacionais.
Falar, ouvir, escrever, pintar, mimetizar e desenvolver toda uma panóplia de linguagens verbais e não-verbais, sem intencionalidade, sem regras, sem objetivos e sem consequências, equivale a uma possível incompetência dos intervenientes comunicacionais.
Sendo a comunicação humana um veículo poderosíssimo, único e acessível, exige-se que os seus utilizadores sejam competentes no exercício deste recurso singular do ser humano. Da competência do uso da língua, dependem os resultados do ato comunicacional, respeitando sempre as normas do respetivo código utilizado, o qual deve ser do conhecimento profundo dos interlocutores.
BIBLIOGRAFIA
BÁRTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de, (2007). Curso de Comunicação e Relações Interpessoais Avançado – Manual de Estudos
Venade/Caminha – Portugal, 2025
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
- Comunidade social - 4 de julho de 2025
- Idosos na modernidade - 3 de junho de 2025
- Comunicação transparente - 26 de maio de 2025

Natural de Venade, freguesia portuguesa do concelho de Caminha, é Licenciado em Filosofia – Universidade Católica Portuguesa; Mestre em Filosofia Moderna e Contemporânea – Universidade do Minho – Portugal e pela UNICAMP – Brasil; Doutorado em Filosofia Social e Política pela FATECBA; autor de 14 Antologias próprias: 66 Antologias em coedição em Portugal e no Brasil; mais de 1.050 artigos publicados em vários jornais, sites e blogs; vencedor do III Concurso Internacional de Prosa – Prémio ‘Machado de Assis 2015’, Confraria Cultural Brasil – Portugal – Brasil; Prêmio Fernando Pessoa de Honra e Mérito – Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas do Brasil’ 2016; Vencedor do “PRÊMIO BURITI 2016”; Vencedor do Troféu Literatura – 2017; Cargos: Presidente do NALAP – Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa;; Condecorações: Agraciado com a ‘Comenda das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker, Brasil’ (2017); Título Honorífico de Embaixador da Paz; Título Nobiliárquico de Comendador, condecorado com a ‘Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral’ pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística; Doctor Honoris Causa en Literatura” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.