Livro sobre o Caminho do Peabiru será lançado no próximo sábado (14), a partir das 9h, no Gabinete de Leitura Sorocabano

Os primeiros exploradores dos sertões brasileiros utilizavam-se de um caminho construído pelos indígenas e que interligava diversas regiões e alcançava o Império Inca. Esse caminho era chamado de Peabiru.
Lendas associam esse caminho a um personagem mítico chamado Sumé, civilizador dos indígenas e que teria ensinado a eles a agricultura, a construção de estradas e também alguns valores morais.
Até hoje o Caminho do Peabiru desperta interesse e curiosidade. Um dos ramais desse caminho, acredita-se, passava pela nossa região. Para os interessados em adquirir um pouco mais de conhecimento sobre esse caminho ancestral, responsável pela inserção dos sertanistas do passado ao interior do país, ocorrerá neste sábado um evento que contará com palestra e relançamento de livro de um dos maiores conhecedores do assunto.
O escritor e pesquisador luso-brasileiro João Barcellos, radicado em Cotia, fará uma explanação, com café da manhã, e relançamento (quarta edição) de seu livro “Piabiyu – do Império Inca ao Brasil, um caminho ancestral”.
João Barcellos é um dos mais respeitáveis conhecedores da história dos primórdios da colonização portuguesa no Brasil. Com uma vasta produção, Barcellos já escreveu sobre assuntos diversos como o governador Morgado de Matheus, o forte de Iguatemi, sobre o povoamento de Cotia entre outros.
Os Guaranis eram a gente guardiã do Piabiyu (ou ´Peabiru´, na fala dos colonos), caminho que atravessava a América do Sul até os confins do império inca. Por meio de colonos como Affonso Sardinha [o Velho] que, ao mesmo tempo, são fazendeiros, mineradores, banqueiros e políticos, o velho caminho continental guarani conhecido como Piabiyu [ou Peabiru] serve de ligação entre S. Vicente, São Paulo, Asunción, Potosí e Buenos Aires, e nele é estabelecida uma economia liberal que alimenta a Capitania independentemente dos parâmetros político-administrativos da Coroa portuguesa.
E, logo, na governança do capitão-general Luís António Botelho de Sousa e Mourão [o Morgado de Mateus], a Capitania paulista passa ser, em pleno Século XVIII, o eixo econômico da América do Sul no reaproveitamento fundiário das sesmarias jesuíticas e daquela economia liberal espalhada pelo Piabiyu, principalmente a partir da região de Viamão com entroncamento em Campinas e continuidade em Sorocaba, Botucatu, para atingir os cais da Serra do Mar passando, obviamente, por São Paulo dos Campos de Piratininga.
O evento de lançamento do livro, café da manhã e palestra ocorrerá no dia 14 de junho, sábado, a partir das 9h, no Gabinete de Leitura Sorocabano, na Praça Coronel Fernando Prestes, 21, Sorocaba. Entrada franca.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos.