José Coutinho de Oliveira – Vaticano II
Se a igreja católica não se tornou suficientemente ecumênica a partir do concílio Vaticano II ela no mínimo se tornou bem mais flexível quando o assunto é liberdade religiosa. Isso afirmamos baseados na Declaração Dignitatis Humanae, Dignidade Humana I,2 que diz: ” Este Concílio Vaticano declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Consiste tal liberdade no seguinte: os homens todos devem ser imunes da coação tanto por parte de pessoas particulares quanto de grupos sociais e de qualquer poder humano, de tal sorte que em assuntos religiosos ninguém seja obrigado a agir contra a própria consciência, nem se impeça de agir de acordo com ela, em particular e em público, só ou associado a outrem, dentro dos devidos limites. Este direito da pessoa humana à liberdade religiosa na organização jurídica da sociedade deve ser de tal forma reconhecido, que chegue a converter-se em direito civil.” A palavra “só” realmente faz a diferença e desautoriza qualquer determinação em contrário. Com efeito, na edição de hoje 21/1/17 do jornal Apiaí tem podemos ver um interessante artigo de Christian Moreira, missionário da Comunidade Canção Nova em Fortaleza (CE) sobre a diferença de estar só e estar sozinho.Segundo esse artigo há pessoas que preferem estar sós por iniciativa própria. Quando isso ocorre a pessoa está só mas não sozinha, ou seja, ela conta consigo mesma e com Deus, com o Espírito Santo mais especificamente. É Ele quem arrazoa conosco, aquele amigo fiel que nunca Se esquece de nossas qualidades. No mesmo artigo o autor chama essa preferência de solitude. Orígenes chega ao exagero ao afirmar com sua apocatástase que mesmo os que estiverem no inferno depois do Juízo Final serão recebidos no céu. Hoje sabemos que isso é impossível pois Deus respeita a opção que nós fazemos.
José Coutinho de Oliveira
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.