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José Coutinho de Oliveira: 'Aristóteles'

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José Coutinho de Oliveira: ‘Aristóteles’

        Com Sócrates inicia-se a filosofia, com Aristóteles ela chega ao seu apogeu, desta forma, não devemos nos assustar quando constatamos que em muitos aspectos é o último que deve ser aplicado.Dentre as 5 antigas teorias reformuladas principalmente por Aristóteles temos a pré-existência da alma, a crença de que já existíamos espiritualmente antes de nos encarnarmos aqui na terra; essa metafísica irá formar na mente de Platão a crença de que aprender é recordar, ou seja, toda vez que entendemos algo é porque aquilo já tínhamos dominado na nossa pré-encarnação. Em grego se dá o nome de anamnese, recordação. Aristóteles parece que refuta essa crença ao dizer que a mente é uma folha em branco. A segunda crença socrática refutada por Aristóteles é a teoria das ideias, ou seja, de que a realidade está no mundo das ideias, no plano espiritual, o chamado idealismo; de que o que vemos é uma sombra da real realidade. Aristóteles lança inclusive uma nova palavra, enteléquia, de que no final do devir, no ato, está a realidade plena; é esse o realismo aristotélico, de res, coisa. O realismo hoje sabemos não pode todavia nos tornar ingênuos pois o mundo tudo o que vemos encontra em seus lugares por conta de algum plano prévio. Sto. Tomás procura então conciliar as duas diferentes posições lançando o realismo moderado, ou seja, de que a concretude está tanto nas ideias quanto no visível. A próxima teoria socrática refutada pelo estagirita, de Estagira, Trácia, é a crença de que ninguém faz o mal voluntariamente mas por ignorância; o estagirita diferentemente defende a tese de que o malvado sabe que é mal o mal que pratica. Ele defende dessa forma o livre arbítrio, de que a noção do mal é intuitiva e infusa em nós, ou seja, de que somos nós mesmos os culpados do mal que fazemos. A quarta crença platônica questionada por Aristóteles foi o coletivismo e a última é a condenação parece da paternidade estatal; parece que ele preferia assim a forma antiga, ou seja, a paternidade individual, sendo assim, a favor da família. Nada mais natural prá quem defendia a individualidade. Aristóteles era considerado meteco, estrangeiro. Mas ainda que Sócrates estivesse certo o fato é que a análise desse famoso paradoxo levou-nos a chegar no catecumenato audio-oral ou ágrafo, aquele indicado aos iletrados, aquele onde nem se lê nem se escreve.É o método que ainda pode ser empregado com as remanescentes populações pagãs. Mas vejamos o que o catecismo da igreja católica nos diz do catecumenato: § 1259 – para os catecúmenos que morrem antes de seu batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.
José Coutinho de Oliveira

Credencial do jornalrol.com.br

Helio Rubens
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