outubro 05, 2024
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Sônyah Moreira: 'Renascimento!'

Sônyah Moreira: ‘Renascimento!’

 

A Grécia antiga, além de sua filosofia, legou-nos uma complexa e exuberante mitologia.

 

Dentre elas, a da Fênix, célebre ave que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.

 

De acordo com a narrativa mitológica, a Fênix teria penas brilhantes, douradas e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. E segundo alguns escritores gregos, ela vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a impressionante ave queimava-se numa pira funerária.

 

A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

 

Renascer das cinzas… Como a lendária Fênix!

 

A narrativa sobre a Fênix é tão somente uma fábula, uma alegoria, uma belíssima metáfora da Transformação Interior.

 

Porém, seria possível, caro amigo leitor, humanizarmos este mito?

 

E a resposta é um sonoro ‘sim! Precisamos urgente renascer, mas renascer como um ser divino. Precisamos buscar dentro de nós nossa essência imutável.

 

A Fênix, um ser mitológico, ao perceber o seu corpo se decompondo, provoca uma combustão espontânea, e de suas próprias cinzas surge, gloriosa, uma nova ave!

 

Todavia, será mesmo que a narrativa é apenas uma lenda?

 

Numa reflexão mais profunda, não seria possível olharmos esse mito como representação de uma arquitetura maior, um ensinamento de natureza transcendental que um ser divino, por algum motivo incognoscível, deixou arquivado para que no momento certo tal conhecimento aflorasse do interior de cada ser humano?

 

Para o ser humano comum não é de consenso geral o renascimento material. Não obstante, todas as crenças espiritualistas aceitam o renascimento espiritual. E na forma de divino e imortal.

 

Necessário se faz, portanto, a reconstrução humana de seu íntimo, objetivando a busca da perfeição, para renascer e evoluir em suas percepções espirituais, descortinando-se nessa desconstrução, desse renascimento metafórico das cinzas uma nova oportunidade de voltar à morada divina, ao verdadeiro paraíso do qual jamais deveríamos ter saído.

Nossa origem é divina, e, ainda que muitas vezes inconscientemente, buscamos incessantemente alcançar esse objetivo.

 

O decompor da matéria da Fênix, figurativamente, nada mais é que o desprendimento de uma essência desnaturada, do ego, permitindo esse novo ser imortal aflorar, lindo e resplandecente, como ser divino que realmente o é.

 

Somente esse novo ser poderá trilhar o caminho de volta ao lar, para o Olimpo de nossos antepassados.

 

Revolvendo à Antiguidade mítica, quando então estávamos submissos nas mãos e nos desejos dos deuses, nossa história e nosso destino estavam inexoravelmente forjados por eles.

 

Foi assim que o titã Epimeteu, depois de criar os animais e dar-lhes os atributos, ao chegar aos homens, não havia mais nenhuma qualidade para dar-lhe. Para a consumação de sua vontade, pediu socorro ao seu irmão Prometeu, que, para tal empreendimento, roubou o fogo dos deuses e o ofertou aos homens, ensinando-lhe também como trabalhar com ele.

 

E esse fogo divino, agora não mais concedido por um ser mítico, mas por um ser transcendente, que foi nos dado de presente, que nos fez à imagem e semelhança de nosso Criador está latente até hoje em nós.

 

E sentimos esse chamado divino, sendo preciso tão somente reavivarmo-lo, regenerando-nos diariamente das nossas próprias cinzas… feitos uma Fênix renascida, voltando para seu Ninho Divino!

 

 

Sônyah Moreira –  sonyah.moreira@gmail.com

 

Sergio Diniz da Costa
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