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Marcelo Paiva Pereira: 'Dragões'

Marcelo Augusto Paiva Pereira: ‘DRAGÕES’

 

Aos 05 de março de 2006, no horário entre 20 e 22 horas, o “Discovery Channel” – um dos vários canais privados – transmitiu o intitulado documentário “Dragões: uma fantasia que se torna realidade”, exibindo as pesquisas realizadas por uma equipe do Museu Britânico de História Natural nos corpos encontrados nas montanhas da Romênia por um grupo de esquiadores. No país da descoberta a equipe britânica identificou os corpos de duas fêmeas de dragão, quatro camponeses e três soldados medievais – do século XV – que escalaram a montanha para matá-las no abrigo, onde a fêmea adulta criava o filhote

Examinando o filhote, identificaram o método de produção e liberação do fogo que expeliam: bactérias intestinais liberavam e o dragão armazenava em vesículas aéreas (próximas dos pulmões) hidrogênio e metano, em quantidade 14 vezes superior ao oxigênio, necessários à sustentação em voo e à produção do fogo. Para a combustão era preciso reagi-los com platina, metal extraído das rochas que compunham parte da alimentação dos dragões.

 

No coração do filhote encontraram a ponta de uma lança medieval e, nos corpos dos camponeses, sinais de carbonização – indicando que foram chamuscados – encontrando, também, ossos de uma ovelha domesticada, fezes e fragmentos calcificados de ovo e um ovo inteiro de dragão. Por último, encontraram os corpos da fêmea adulta e de um dos soldados com sua lança, esmagado após matá-la.

 

Concluíram, os pesquisadores, que os dragões foram contemporâneos dos dinossauros (entre os quais o Tiranossauro Rex); mas, assim como os tubarões, esturjões, crocodilos e diversos tipos de arraias, também sobreviveram à hecatombe produzida há 65 milhões de anos pelo impacto do cometa que extinguiu os dinossauros da Terra.

 

As pesquisas indicaram duas espécies de dragões pré-históricos: uma terrestre e uma marinha; enquanto a primeira se extinguiu devido à hecatombe, a segunda sobreviveu, evoluiu e produziu outras espécies terrestres, habitando desde 50.000 anos atrás regiões onde hoje são a Ásia, China e Romênia.

 

As espécies derivadas do dragão marinho distinguem-se do ancestral pré-histórico no número de membros: enquanto o ancestral possuía duas pernas e duas asas, os evoluídos possuíam quatro pernas e duas asas. Entre estes também havia diferenças: os dragões asiáticos e chineses possuíam asas diminutas – incapazes de alçar voo –, enquanto os da Romênia as possuíam em tamanho suficiente para voarem (poderiam habitar qualquer lugar).

 

Embora tenha feito menção expressa ao respeitado e referido museu britânico, o documentário deixou de indicar os nomes dos cientistas da equipe, como também os créditos apresentados ao seu final não fizeram nenhuma referência ao ano de produção, tornando-o atemporal e questionável. O conteúdo do documentário não convence, porque não há vestígios de dragões nas outras regiões do planeta. O documentário apresentou mais características de engodo do que de veracidade (mais pareceu com “171”…). Nada a mais.

 

Marcelo Augusto Paiva Pereira.

(o autor é advogado)

Helio Rubens
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