Jose Coutinho de Oliveira: 'Grécia antiga'

  Hoje vamos tentar reunir num só artigo os filósofos e astrônomos famosos da antiga Grécia. Comecemos então com Xenófanes de Cólofon. Xenófanes então morava em Cólofon, noroeste da atual Turquia de onde teve que fugir por causa dos invasores persas. De lá veio para Sicília e posteriormente a Eleia, um pouco mais prá cima, na Itália. Naquela cidade fundou uma escola chamada de eleata que tornou famosos Parmênides e Zenon. Esses filósofos acreditavam na impossibilidade do movimento, ou seja, de que só existe o ser e o não ser. Lançaram também a diferença entre episteme (ciência), dedução e doxa (opinião), intuição, tornando-se assim talvez a fonte para o mito da caverna de Platão. Xenófanes inclusive foi o primeiro a colecionar fósseis. Na mesma Itália temos Filolau de Tarento ou Crotona que criou o sistema pirocêntrico, ou seja, a tese de que a terra girava em torno de uma bola de fogo, precursora, desta forma, do sistema heliocêntrico. Em seguida vem Eudoxo de Cnido, sudoeste da atual Turquia, extremidade de uma pequena península que defendia que o sol girava em torno da terra, o famoso geocentrismo, infelizmente adotado por Aristóteles. Em seguida vem Aristarco de Samos, uma ilha do mar Egeu, contígua, próxima também à atual Turquia que defendeu a tese oposta, ou seja, de que era a terra que girava em torno do sol, o heliocentrismo. Por causa dessa crença, tiraram-lhe a vida por estar “perturbando” o sossego dos deuses. Em seguida vem Hipócrates de Cós, próxima a Cnido, pai da medicina; depois vem Heródoto, pai da História; depois vem Hesíodo, pai da teogonia (origem dos deuses); depois vem Homero que escreveu Ilíada e Odisseia; depois vem Pitágoras de Samos que fundou uma escola em Crotona, sul da Itália; para Pitágoras o arqué, o princípio originador de tudo era o número; ficou conhecido por ter sido o filósofo feminista pois tinha em sua comunidade discípulas e mestras; e por fim, vem Temistocleia, professora de Pitágoras, sacerdotisa do templo de Apolo em Delfos, quem por primeiro, dentre as mulheres, a receber o título de filósofa.