Renascimento verde

“Sempre haverá o botão de uma rosa se abrindo”. Assim ouvi, adentrando no jardim em ruína. De quem era aquela voz? Por que a mim se dirigia? E onde estavam…
“Sempre haverá o botão de uma rosa se abrindo”. Assim ouvi, adentrando no jardim em ruína. De quem era aquela voz? Por que a mim se dirigia? E onde estavam…
Como eu sei que é uma cotovia que me canta à janela nas manhãs de sentinela… graças à beleza de seu canto proverbial, a cotovia… O pássaro pontual me habita…
Não há porque tentar imitar os contornos de um sorriso mais bonito. Também não é preciso elevar a voz para que eu o escute. Seu sorriso é o mais encantador…
Já pouco sei de ti… de nós já só restam fragmentos… Rasguei a tua imagem… apaguei a tua voz… Lavei os vestígios de ti na minha alma… Arrefeci o teu toque…
Nos ventos a soprar, encontro minha voz, coragem e fé, na jornada sem repousar. Estrelas guiam, estradas se revelam, E no mar sereno, o brilho que se espelha.
Dentro de mim, uma voz chorosa ecoa. Sinto o coração queimar no peito, urge expor o que vai na alma! Lá no íntimo, essa voz lacrimosa clama por alívio…
O mundo clama pela paz, a vida pede que exista esperança que una a humanidade, que encontre, enfim, na igualdade a chama que unifica e permita que haja…