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Sônyah Moreira: 'Casa da Mãe Joana'

Sônyah Moreira: ‘CASA DA MÃE JOANA’

 

Historiador, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro, nosso ilustre  Luís da Câmara Cascudo, (1898-1986), que dedicou a sua vida ao estudo da cultura brasileira, foi que descobriu a origem da antológica expressão.

A origem é de longínquas terras, e de   séculos passados. Segundo Câmara Cascudo, Joana de Nápoles foi à musa inspiradora, lá pelos idos de 1347.

Esta nobre senhora foi rainha de Nápoles e condessa de Provença e sua vida era o que chamamos de moderninha para á época!

Aos 21 anos, já residindo em Avinhão, na França, vivia refugiada em bordéis, e regulamentou as leis de funcionamento para tais estabelecimentos.

O mais interessante é que uma das normas dizia: “O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar”! Dentre as curiosidades, este termo também quer dizer que é onde entra e sai qualquer um sem pedir licença, uma verdadeira balburdia! Ou seja, a desordem e a indisciplina  são generalizadas.

Assim, com a  introdução ao tema, chegamos ao Brasil. O que nos parece o planalto atual? Contenham-se, não falem o que lhes passou pela cabeça, pois pode haver menores lendo o texto!

Mas é isso mesmo, uma verdadeira “Casa da Mãe Joana”, onde tudo pode: roubar, mentir, blasfemar, desqualificar   juízes.

Os libertinos regulamentam leis na calada da noite, aumentam  salários, benefícios, criam verbas até  para as mortalhas, e por aí afora.

O ilustre  JK, jamais imaginou em que o seu sonho se transformaria! Um fardo,  e pesadíssimo para os brasileiros; todos, sem exceção, têm que manter os luxos dos palacianos.

É, a nossa Joana do texto deve ter sido  considerada apenas libertina; claro que para os costumes  da época!

Perto do que  há hoje em nosso país, no prosaico, é fichinha! Poderíamos mudar a expressão para: “Casa do Palácio do Jaburu”, “Casa da Câmara dos Deputados e Senadores”! Teria o mesmo efeito, não?

Entra e sai quem quer, não pedem licença aos donos, no caso, nós! Fazem do nosso dinheiro o que querem!

Usam despudoradamente os recursos do país, para o luxo de suas amantes, mulheres, filhos, genros, agregados, apadrinhados etc.

A casa da mãe Joana poderá voltar a ser um quartel,  isso se não houver uma solução rápida, nossa frágil e despreparada democracia corre um sério risco de morte.

Esses partidos que  mais parecem com facções criminosas, alardeiam rasgar a Constituição com ritos inexistentes.

Nosso Congresso é  uma verdadeira zona do meretrício; com uma pequena diferença; até em lugares que imperam a baderna existe alguém que toma conta.

Alguns empresários entram e saem dos palácios ao luar, sem ao menos respeitar os donos.  A elite brasileira, que deveria ser exemplo de bons costumes,  está esfacelada por enriquecimento meteórico, à custa do suor e lágrimas do povo.

A casa da mãe Joana! Uma República das Bananas, que foi resguardada pela criação, porém, conseguiu reunir o pior da escória humana para  seus políticos.

Entrem! A casa é sua, é de todos, literalmente a Casa da Mãe Joana!

 

Sônyah Moreira – sonyahmoreira@gmail.com

Sergio Diniz da Costa
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