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João Francisco Brotas: 'Nem tudo que reluz é ouro'

  João Francisco Brotas:

‘NEM TUDO QUE RELUZ É OURO’

 

Caros amigos leitores, posso afirmar-lhes com muita tranquilidade que “nem tudo que reluz é ouro”.  Pois algumas peças que brilham podem apenas refletir uma luminosidade temporária, e uma simples corrente de ar poderá trazer-lhe um pouco de poeira e ofuscar o seu brilho.

Isso acontece, normalmente, quando acabamos de retirar um carro do lava-rápido, e o estacionamos numa rua. Depois de alguns momentos, a poeira vai ofuscando o brilho da pintura…

Essa é uma situação desprazerosa, mas de fácil solução, pois, uma nova lavagem poderá, em breve tempo, restaurar a beleza anterior e devolver o prazer ao proprietário, de dirigir um carro bonito e limpo, embora não seja de ouro.

O mesmo acontece com os que estão rodeados por falsos amigos e não percebem, porque pensam que são verdadeiros. Muitos dos pseudos amigos são aproveitadores oportunistas do sucesso profissional daqueles que gozam boa saúde, situação financeira privilegiada, ou vivem no estrelismo vitorioso das atividades políticas, esportivas, artísticas, etc.

Mas, o brilho da saúde, do sucesso financeiro e artístico ou esportivo também pode ser temporário e desaparecer, por doença, envelhecimento, falência ou porque os empresários procuram investir em novos talentos para lucrar mais. É quando os “amigos” de ocasião se afastam, e justamente quando mais se precisa deles. Aliás, também é quando a pessoa pode concluir que nunca teve amigos reais e que esteve sempre rodeada de interesseiros.

Quando o brilho acaba, nesse caso, tudo fica mais complexo do que levar o carro novamente para o lava-rápido. A autoestima, o sentimento de rejeição e a tristeza costumam abater a pessoa, quando ela descobre que o brilho que pensava ter não era autêntico nem próprio, pois precisava de falsos amigos bajulando-a para que se sentisse com valor e brilhante.

Ao perder o brilho desse modo, precisamos de um banho que não é simplesmente de água com sabão. Enquanto seres racionais e espíritos que necessitam evoluir, a recuperação exige muito além disso.  Precisamos de amigos lúcidos que nos possibilitem “um banho” de raros momentos de estudo, para descobrirmos o que somos, de onde viemos e para onde iremos. Com maior consciência, estaremos prontos para descobrir também quais são os nossos verdadeiros amigos, e com quem poderemos contar nas horas incertas.

Assim, precisamos, como amigo, não de quem nos aplauda simplesmente, mas, que tendo boa lucidez espiritual e sinceridade, possa tentar demonstrar nossos equívocos, nossas contradições em relação aos atos e posturas equivocados que não condizem com seres verdadeiramente inteligentes e racionais que acreditamos ser…

Enfim, precisamos de amigos que, com exemplos e atitudes escancaradas, nos ajudem a descobrir que, “nem tudo que reluz é ouro”.

 

 

João Francisco Brotas

Vice-Presidente do Gabinete de Leitura Sorocabano

Membro da Academia Votorantinense de Letras

Relações Públicas do NUPEP

Sergio Diniz da Costa
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