“A beleza da igualdade dos seres está descrita nas imagens de anjos: suas feições, concomitantemente, masculinas e femininas. São aparências andróginas: esguios como mulheres e fortes como homens.”
Independentemente do que prega a sociedade moderna, todos precisamos de alguém ao seu lado.
Somos seres gregários e a solidão pode nos levar à depressão; porém, precisa haver igualdade entre os seres.
Pelos escritos antigos, o conjunto de discípulos de Cristo era composto também por Marias e não só por Josés, todavia, por interesses escusos houve a subtração das mulheres de seu postulado.
Os extremistas que me perdoem, mas não podemos mais continuar com esta guerra dos sexos, exaltando um, em detrimento do outro.
Vamos analisar um voo de um pássaro: para ele voar precisa da sincronia de suas duas asas, elas batem juntas; na falta da força de uma delas, o voo será sem rumo e, certamente, levado à queda.
Assim é nossa vida, precisamos uns dos outros; não conseguiremos fazer a jornada sem ajuda de outra pessoa, e seja qual for a escolha, sempre haverá alguém a seu lado.
Perceba que precisamos sempre do outro para nos servir, seja em um restaurante, cobrar a passagem de uma viagem, despachar nossas bagagens, arrumar nosso quarto em um hotel, sem falar de médicos, enfermeiras e, o mais necessário, porém esquecido, coveiro.
Em todas essas ajudas cotidianas, não só de mulheres ou de homens, tem a igualdade de número nos dois lados.
A ciência e a religião andam juntas, porém, para gerar um novo ser é necessário o masculino e o feminino. Os cientistas, mesmo com todo o avanço de seu conhecimento, não encontraram ainda uma formula para a criação de uma nova vida, apenas com um lado, assim como pregam as religiões.
Na verdade, as asas se completam: dois polos, positivo e negativo; um lado, a emoção, do outro, a razão, os detalhes de um lado, e do outro, a praticidade e assim por diante!
A beleza da igualdade dos seres está descrita nas imagens de anjos: suas feições, masculinas e femininas. São aparências andróginas: esguios como mulheres e fortes como homens.
Somos iguais, a balança do DNA não tem como pender para um lado ou outro, o equilíbrio é necessário.
Vamos viajar um pouco, talvez até filosofar! Será que por algum mistério, em nossa queda do paraíso nossas asas se separaram?
Quem sabe éramos uno? Talvez explique nossa incessante busca por uma alma gêmea; quem sabe se nessa queda houve uma troca de lados! Quem sabe?
Quantos mistérios! O fato é que somos 50% masculinos e 50% femininos, não tem como ser diferente. Precisamos sim, uns dos outros, independentemente de escolhas sexuais, pois, aqui, estamos falando de igualdade de almas, de anjos decaídos, de cara metade!
A evolução de nossos invólucros carnais poderá chegar ao momento de não haver diferenças aparentes. E, talvez, nem haja matéria! Quem sabe?
Agora, imaginemos o voo sincronizado de um pássaro e o bater de suas asas! Lindo! Uma harmonia divina!
E as nossas asas? Estão alinhadas?
Sônyah Moreira – sonyah. moreira@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024