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Teatro: PEÇA 1915 RELATA O AMOR DE UM CASAL DURANTE O GENOCIDIO ARMÊNIO

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Peça que está em cartaz neste mês em São Paulo, escrita e encenada por armênio,é baseada em depoimentos de sobreviventes e seus descendentes durante o genocídio ocorrido em 1915

O amor de uma jovem armênia e de um oficial do exercício turco. O enredo, que poderia se confundir com o de Romeu e Julieta graças à dificuldade de fazer o romance acontecer, é o tema central da peça teatral “1915”, que conta, além do tórrido sentimento entre os personagens e os obstáculos dessa relação em tempos do genocídio, fatos históricos da época e a cultura e costumes armênios.
A peça, cujo nome é uma alusão ao ano em que ocorreu o genocídio, estreou em 1º de abril e estará em cartaz nos dias 2, 8, 9, 16, 22, 23, 29 e 30 deste mês, sempre às 21h, no Viga Espaço Cênico, em São Paulo. Os ingressos podem ser adquiridos pelo telefone (11) 3801-1843 ou pelo e-mail airyn.vi@gmail.com.
“1915” foi escrita por Arthur Haroyan, que também atua nela, um armênio que vive no Brasil há quase sete anos, e foi baseada em depoimentos reais dados pelas vítimas sobreviventes e seus descendentes.
A peça é dirigida por Rogério Rizzardi e tem Danilo Dal Lago na assistência da direção. No elenco estão Airyn Vishnevsky, Alice Martins, Arthur Haroyan, Daniela Duarte, Debora Pesso, Kleber Goes, Ludmila Moreno, Maira De La Vega, Marcio Alexandre, Ricardo Borges, Samanta Chouchanian e Thaís Rossi.
O genocídio ocorrido em 24 de abril de 1915 foi promovido pelo Império Otomano contra o povo armênio e exterminou cerca de 1,5 milhão de armênios.
Relembrar essa tragédia histórica talvez seja uma das maneiras mais inteligentes e bonitas de homenagear quem as vivenciou. Mais do que isso, talvez seja a maneira mais eficaz de evitar novas monstruosidades contra a humanidade. A peça teatral é apenas uma das ações que acontecem em abril para rememorar a tragédia. Haverá ainda seminários, missas e outras ações.

O genocídio armênio no Brasil
Hoje vivem no Brasil aproximadamente 100 mil armênios, muitos deles descendentes diretos de famílias vítimas do massacre e da perseguição. Para se ter uma ideia da dimensão desse massacre, basta lembrar que hoje vivem na Armênia 3,2 milhões de pessoas.
No Brasil, a comunidade armênia está liderando uma mobilização para rememorar esses fatos e reivindicar junto ao governo brasileiro o reconhecimento do genocídio armênio, além de reforçar na sociedade a consciência de que tais fatos chocantes não devem se repetir contra nenhum povo ou nação.
Na América do Sul, países como Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela e Bolívia têm legislações que reconhecem o genocídio. Na Europa, a França também tem legislação reconhecendo o massacre como um genocídio e tornando crime sua negação, assim como é com o genocídio cometido contra os judeus. Muitas outras nações, como Alemanha, Grécia, Holanda, Bélgica, Itália, Suécia, Suíça, Rússia, Polônia, Lituânia, Eslováquia, Líbano, Chipre e Canadá, além do Vaticano, também reconhecem o genocídio armênio.
Fora do Brasil também há ações planejadas para relembrar a tragédia. Em 12 de abril, por exemplo, o Papa Francisco celebrará uma missa no Vaticano em memória aos mortos no genocídio.

Serviço:
Peça: “1915”
Local:Viga Espaço Cênico, rua Capote Valente, 1.323, São Paulo
Datas:1º, 2, 8, 9, 16, 22, 23, 29 e 30 de abril
Mais Informações:(11) 3801-1843 ou pelo e-mail airyn.vi@gmail.com

Helio Rubens
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