“Produzimos de tudo, e os impostos cada vez mais altos não nos retornam em benefícios, ou seja, a proteção de nossos ‘senhores feudais’ não existe, simples assim.”
A palavra “feudo” é de origem germânica, seu significado está relacionado ao direito de posse de alguém sobre um bem.
Passamos e muito da Idade Média, estamos na Era da Tecnologia, da robótica, em breve teremos vassalos robôs para qualquer serviço.
Eu adoro associar história antiga com atualidades, acredito que ao buscar fatos históricos, podemos, quem sabe, não cometer os mesmo erros do passado.
Vamos nos aprofundarmos nesse assunto, para fazer uma analogia com nossa atual política.
A organização dos feudos era baseada em duas linhas tradicionais: a germânica “o comitatus” e a outra, de origem romana, “colonato”. Pelo comitatus, os senhores feudais, donos de terras eram unidos e comprometidos uns com outros nos laços da vassalagem. Já no colonato, os senhores de terras dava proteção e trabalho aos colonos, que, em troca, davam parte de sua produção aos senhores, em geral a terça parte dos produtos.
Na sociedade medieval o rei não cumpria função de chefe de estado, restava-lhe a ele as obrigações de suserano, não sendo vassalo de ninguém dentro de suas terras.
Voltemos cá para o século XXI. Atualmente nossa posição diante do feudo, está mais para escravo, nem vassalos somos, ora, pois!
Produzimos de tudo, e os impostos cada vez mais altos não nos retornam em benefícios, ou seja, a proteção de nossos ‘senhores feudais’ não existe, simples assim.
As regalias enormes fazem com que briguem na justiça para serem empossados ministros palacianos e a ambição para entrar na mamata para ser filme de ficção, beira à fantasia.
Será que não estaríamos em melhores mãos se tivéssemos uma monarquia? Um senhor feudal ou um rei, cuidando da galinha dos ovos de ouro?
Sempre ouvimos dizer que para ser rei é preciso ter majestade, ter classe, ou sangue azul!
O fato é que assistimos, diariamente, simples vassalos querendo ser senhores, pessoas sem estirpe nenhuma, e usufruindo das benesses dos cargos criados para nos proteger, demonstram poder sem o possuir de fato.
Até quando seremos vassalos sem senhores? Não temos a quem recorrer ou pedir proteção, somos órfãos, na verdade.
Nossos senhores saem às ruas, entram em nossas pocilgas somente na época em que vamos dar-lhes os cargos, nas eleições; depois disso, passamos à invisibilidade.
Infelizmente somos obrigados a presentear esses sacripantas com salários, moradia, carros, viagens, banquetes, e toda a fartura derivada do trabalho dos vassalos.
Feudos medievais eram mais vantajosos em alguns aspectos; nos modernos, a vantagem fica inteiramente ao senhor ou senhores feudais.
E, enquanto a plebe apinhada fica a esmolar por um pedaço de pão duro, a aristocracia… a comer brioches!
Morte ao Rei!
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024