“Normalmente não gostamos de despedidas, porém, existe a necessidade enorme em dizer adeus. Por que será? Estranho perceber a falta que faz quando não conseguimos nos despedir adequadamente de alguém, parece que fica um vazio imenso.”
Normalmente não gostamos de despedidas, porém, existe a necessidade enorme em dizer adeus. Por que será?
Estranho perceber a falta que faz quando não conseguimos nos despedir adequadamente de alguém, parece que fica um vazio imenso.
O que será que é uma despedida adequada? Sei lá! Digamos que, no fundo, sentimos algo diferente, sem querer nos apressamos em fazer coisas, antecipar acontecimentos, talvez isso seja o tão falado “sexto sentido”.
O início da viagem não é de nossa escolha, assim como seu término, somos embarcados, quem sabe até à revelia, o fato é que, de uma maneira simplista vamos acostumando com a viagem, e, a bem da verdade, não queremos mais deixar de viajar.
Esquecemos inteiramente que a qualquer momento chegaremos ao final da jornada, seguimos a viagem às vezes como tripulantes, outras como passageiros, sem preocupação da chegada ao destino.
Pelo caminho, encontramos muitos companheiros, alguns por herança, outros por escolha, porém, viajantes como nós, alguns com uma afinidade difícil de explicar, aquela amizade que nasce do convívio, da conquista.
A despedida, essa vai sendo sempre adiada, deixamos muitas coisas para amanhã, como se nossa viagem fosse infinita!
Algo dentro de nós toca como um sino e, às vezes, não nos incomoda, outras fazem com que nos aceleremos, quase inconscientemente, corremos, aceleramos o passo, pulamos etapas ou até nos superamos.
De repente, talvez a criação tenha nos poupado de certa forma, impossibilitando saber quando e como chegará o final de nossa viagem. Pode ser que nossa capacidade não alcance a magnitude do destino de nossa jornada.
Não nos despedimos, perdemos tempo, deixamos pra amanhã, e aquele companheiro de jornada querido, se foi!
Partilhar uma viagem é sempre prazeroso ou não, todavia, a jornada tem diversas datas para início e final.
O meio de transporte é a vida: vivemos, corremos, brigamos, amamos, odiamos e, numa fração de segundos, isso tudo não tem mais importância, a viagem chegou ao final.
Que em nossa jornada possamos fazer mais amigos por escolha do que por herança.
Bem que, no bilhete de embarque, poderia constar um lembrete, dizendo algo do tipo: “Despedidas devem ser diárias!”
Dizer adeus é sempre dolorido, porém, necessário em toda viagem!
Adeus! Quem sabe, lá na plataforma de desembarque, possa se ouvir, em forma de ecos, os adeuses perdidos pela vida!
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Pesquisador em Artes e Literatura; Pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, o Título Imortal Monumento Cultural e Título Honra Acadêmica, pela categoria Cultura Nacional e Belas Artes; Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos. Pelo Movimento Cultivista Brasileiro, o Prêmio Incentivador da Arte e da Cultura,


