João Francisco Brotas: “As pessoas competem umas com as outras, o tempo todo, de maneira consciente ou inconsciente. E, quando algo não vai bem entre elas, geralmente evitam contatos mais próximos para não terem que se encarar.”
Como é difícil, atualmente, encontrarmos pessoas andando com a cabeça erguida e encarando as demais com os olhos nos olhos. Se uma pessoa, ao longo do dia, encontrasse um amigo, deveria ter a tranquilidade para encará-lo e desejar-lhe um bom dia, boa noite, bom trabalho ou feliz reunião.
Mas, infelizmente, não é isso que vemos acontecer! As pessoas procuram evitar olhar às outras; ou se as cumprimentam, o fazem de modo frio como se estivessem presentes fisicamente, mas, ausentes espiritualmente.
Constantemente assistimos, na televisão, pessoas sendo presas e escondendo seu rosto. Será que é por que estão com vergonha do delito cometido? Ou será que se escondem para não serem reconhecidas, pois, provavelmente, estarão cometendo outro delito, em breve?
Hoje, vivemos momentos críticos, na sociedade brasileira, com tanta criminalidade e insegurança. Nossa postura atual é estar atentos a tudo e a todos, em qualquer ambiente que estejamos. Mesmo no interior de um templo religioso, devemos prestar atenção, pois a devoção que nos levou àquele local, pode não ser a mesma que levou outras pessoas que lá se encontram.
As pessoas competem umas com as outras, o tempo todo, de maneira consciente ou inconsciente. E, quando algo não vai bem entre elas, geralmente evitam contatos mais próximos para não terem que se encarar.
O egoísmo e a competição são evidentes quando alguém fica sabendo que o filho do vizinho foi aprovado no concurso, no qual seu filho não foi. Pode-se perceber a dificuldade dele em cumprimentar e desejar boa sorte ao jovem aprovado. Ou ele faz de conta que de nada sabe, evitando assim de mencionar o fato.
Os sentimentos negativos afloram mais rapidamente do que o raciocínio; e, magoar um amigo ou alguém da família é muito fácil, pois sempre temos uma boa desculpa para fazê-lo. Todo cuidado é pouco ao conversarmos com alguém, pois ser amigo e ter amigos requer tolerância, compreensão e amor ao próximo. Nada melhor do que, antes de tudo, olhar olhos nos olhos.
João Francisco Brotas
Relações Públicas do NUPEP
Membro da Academia de Letras de Votorantim
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Pesquisador em Artes e Literatura; Pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, o Título Imortal Monumento Cultural e Título Honra Acadêmica, pela categoria Cultura Nacional e Belas Artes; Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos. Pelo Movimento Cultivista Brasileiro, o Prêmio Incentivador da Arte e da Cultura,


