Seriado de TV cujo primeiro episódio completou 40 anos no último mês de janeiro, O homem de 6 milhões de dólares vai ter uma versão cinematográfica, com Mark Wahlberg no papel que celebrizou Lee Majors.
Os valores, contudo, serão atualizados: o filme vai se chamar O homem de 6 bilhões de dólares.
Para evitar mal entendidos, sugiro aos exibidores brasileiros que incluam este esclarecimento no material promocional: não confundir com o Sr. Corrupção da Petrobrás…
Primeiramente, porque continua havendo grande diferença entre dólares e reais, entre os senhores do mundo e seus lacaios.
E depois, porque a série não se refere a 6 bilhões jogados no ralo, mas sim a uma quantia bem utilizada.
Por aqui, esta grana preta só serviu mesmo para quantificar a corrupção que alguns dirigentes petistas juravam não existir na Petrobrás. Doravante, cada vez que fizerem afirmações igualmente estapafúrdias, teremos 6 bilhões de motivos para botar as barbas de molho.
Quanto à companhia emblemática do nacionalismo tupiniquim, suponho que não vá trombetear o novo recorde como sempre fez com os outros. E nem precisará: um prejuízo de R$ 21,6 bilhões é tão exagerado que todo mundo toma conhecimento imediato.
Como a quota da corrupção foi de R$ 6,2 bilhões, suponho que devamos atribuir os R$ 15,4 bilhões restantes à má gestão.
É para isto que servem as gerentonas?!
POR ENQUANTO, ESTAMOS F… E MAL PAGOS. ADIANTE, CONTINUAREMOS F… E NOS PAGARÃO UM TANTINHO MAIS.
Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.
O ministro da Recessão, Joaquim Mãos de Tesoura, continua tratando os brasileiros como infantilizados. Dá declarações acentuadamente evasivas e ligeiramente otimistas, que servem como matéria-prima para a rede de blogueiros amestrados disseminarem esperanças totalmente sem noção. Eis um exemplo:
“O resultado do PIB mostrou que a gente está em uma transição. Começa a haver recuperação das exportações. No ano passado, a contribuição das exportações e importações foi neutra, uma compensou a outra. Neste ano, esperamos que haja recuperação das exportações e que o setor externo possa ajudar o crescimento da economia. Nos últimos anos não foi assim, então esta pode ser uma mudança positiva“.
Alguém sentiu firmeza? Eu não. Mas, este nem-sim-nem-não-muito-
O Fundo Monetário Internacional, no seu encontro da semana passada, colocou os pingos nos ii: o PIB brasileiro deverá ter evolução negativa em 2015 (-1%) e baixo crescimento no restante da década: 0,9% em 2016, 2,2% em 2017, 2,3% em 2018, 2,4% em 2019 e 2,5% em 2020.
Segundo as previsões do FMI, que costumam dar certo ou chegarem perto disto, a tendência é de que não atinjamos, na atual década, nem sequer metade do crescimento alcançado na década passada, que foi de 3,6% ao ano.
A recessão será brava em 2015 e 2016, com os quatro anos seguintes trazendo algum alívio, mas ainda nos deixando bem longe dos cenários comparativamente auspiciosos da década anterior. Ou seja, de imediato, estamos f… e mal pagos; adiante, continuaremos f…, mas nos pagarão um tiquinho mais.
É esta a recuperação econômica que podemos esperar de Joaquim Levy e dos grandes senhores do capitalismo?! Se nem assim ousarmos chutar o pau da barraca, é exatamente aquilo que merecemos!
E, por favor, não me venham com as habituais teorias conspiratórias: o FMI e a burguesada querem mais é respaldar Levy e favorecer sua política econômica. Só que não são levianos a ponto de fazerem coro ao oba-oba engana-trouxas que a rede virtual chapa branca difunde… ajudando a enfiar goela dos brasileiros adentro o neoliberalismo tardio mais perverso e desumano!
“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8:36)
Que adianta à Dilma salvar o mandato inteiro e perder o seu espírito revolucionário, tornando-se dócil serviçal dos que antes combatia? (Celso 24:04)
Para encerrar: delenda est Levy. Com a ressalva de que o Chicago Boy do governo petista não deve ser destruído como Cartago mas, tão somente, destituído.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.