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Osmar Chor (TV Tem) lançará em Itapetininga livro contando a viagem que fez de bicicleta pela Europa

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O lançamento será no sábado, dia 4, às 18 horas, na Livraria Nobel

O diretor de jornalismo da TV Tem, jornalista Osmar Chor, aventurou-se a realizar uma viagem empolgante em comemoração aos 30 anos de casados. Com sua esposa Nádia, percorreu diversos países da Europa usando a bicicleta como veículo de transporte.

O casal narrou suas aventuras no livro ‘Antes tarde do que mais tarde’, cujo lançamento será em Itapetininga, dia 4, às 19 horas, na Livraria Nobel, no Shopping Itapetininga. Na ocasião haverá uma Noite de Autógrafos.

A nova obra literária está disponível nas versões física e virtual.

Outras informações contidas na matéria da TV Tem:

“Realizada entre agosto e setembro de 2017, a viagem pelas rotas Romântica e Via Cláudia Augusta (que cruzam Alemanha, Áustria e Itália), comemorou os 30 anos de casamento de Osmar e Nádia, que decidiram aderir ao ciclismo em busca de uma vida mais saudável.”

Segundo Chor, a viagem foi um desafio que “começou bem antes das bicicletas tocarem as históricas estradas. Foram quase 10 meses de planejamento e preparação antes de começar a pedalar em uma cidade próxima a Frankfurt e seguiu para os Alpes, terminando em Veneza. O primeiro percurso foi a Rota Romântica, uma trilha que passa pelos principais castelos do Sul da Alemanha.”

Na segunda parte da cicloviagem, o casal enfrentou a Via Cláudia Augusta, uma estrada construída pelos romanos no ano 15 a.C. para transportar mercadorias para as tropas militares durante a expansão do império pela Europa.

Além da grande quantidade de quilômetros para pedalar todos os dias, o casal viajou preparado para algumas dificuldades, como as subidas fortes na região dos Alpes e o calor intenso do fim do verão europeu, mas dois imprevistos acabaram atrapalhando o desempenho dos ciclistas.

O primeiro deles, segundo Osmar, foi a virada do tempo no ponto mais alto da viagem, entre Nauders, na Áustria, e Résia, na Itália.

– A temperatura, que estava em 30º C, despencou para 4, com chuva e vento, dando sensação térmica em torno de zero. Tivemos que comprar roupas de esportes de inverno para tentar manter a temperatura do corpo. Foi difícil pedalar naquelas condições – lembra.

Mas a pior parte da viagem foi o acidente que Nádia sofreu na chegada a Fussen, última cidade alemã do percurso. Apesar de ter sido uma queda simples e sem arranhões, a ciclista acabou rompendo o ligamento do dedão da mão esquerda – lesão que só foi descoberta quando o casal retornou ao Brasil e surgiu a necessidade de um procedimento cirúrgico.

– Lá fomos até um hospital, onde a mão dela foi imobilizada com a recomendação de ficar daquele jeito por pelo menos uma semana. Isso seria o fim da viagem, mas, três dias depois, a Nádia resolveu seguir viagem usando praticamente só a mão direita. Foi guerreira – conta o marido.

Para Nádia, a sensação de obstáculo superado é indescritível e única. Com a mão 100% curada, a atleta garante que já está pronta para outros desafios.

– Você não sabe do que é capaz até realizar o que achava ser inatingível. No primeiro momento, pensei em desistir, chorei e me culpei. Após conversarmos, refleti e decidi pedalar mesmo com dor e com movimentos limitados, pois não deixaria um acidente acabar com o nosso sonho. Sabia que teria que tratar ao retornar ao Brasil e foi a melhor coisa que fiz.

Caldaro Sulla Strada del Vino, Bolzano, na Itália (Foto: Arquivo pessoal)Caldaro Sulla Strada del Vino, Bolzano, na Itália (Foto: Arquivo pessoal)Caldaro Sulla Strada del Vino, Bolzano, na Itália (Foto: Arquivo pessoal)

Pensada para representar uma mudança de vida aos atletas depois de 30 anos juntos, a viagem deixou uma sensação de dever cumprido e deu ao casal a oportunidade de conhecer diferentes pessoas ao Nádia e Osmar em Curon Venosta, na Itália (Foto: Arquivo pessoal)longo do trajeto.

– Como sugere o nome do livro, sempre é tempo de se renovar, e quem se acomoda está morto. Precisávamos de um desafio para provar a nós mesmos que ainda somos capazes de nos superar. Pedalamos sozinhos, mas, quando parávamos para checar trajetos, principalmente na Alemanha, sempre surgiam homens e mulheres se oferecendo para ajudar, o que nos impressionou bastante.

Além disso, acredita Osmar, estar em outros países é importante para perceber que o Brasil também pode “dar certo”.

– Se lá as coisas funcionam, por que aqui tem que ser diferente? Mas não se pode apenas esperar das autoridades, o povo tem a sua parcela na organização das cidades, com educação e cidadania. Isso infelizmente ainda falta por aqui – completa.

Nádia e Osmar em Curon Venosta, na Itália (Foto: Arquivo pessoal)

Helio Rubens
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