novembro 22, 2024
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O leitor participa: Jossieleni Gonçalez Tobias, com o artigo 'Jornal: alfabetização e letramento'

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“Aprender a ler e escrever na escola deve transcender a decodificação do código escrito, deve fazer sentido e estar vinculado à vida do sujeito, possibilitar a sua inserção no meio cultural a qual pertence, tornando-o capaz de produzir e interpretar textos que fazem parte de seu entorno.”

 

RESUMO

Ressaltar a importância da alfabetização e Letramento é uma discussão que provoca grandes interesses, embora seja difícil e demande tempo, a escola necessita de transformações profundas no que diz respeito ao aprendizado da leitura e da escrita, que só serão conquistados mediante a compreensão de seus problemas e necessidades, para que seja possível falar de suas possibilidades. Diante deste contexto o presente artigo está fundamentado na obra da Delia Lerner que traz a importância do ler e escrever na escola.

INTRODUÇÃO

Aprender a ler e escrever na escola deve transcender a decodificação do código escrito, deve fazer sentido e estar vinculado à vida do sujeito, possibilitar a sua inserção no meio cultural a qual pertence, tornando-o capaz de produzir e interpretar textos que fazem parte de seu entorno. Torna-se então necessário reconceitualizar o objeto de ensino tomando por base as práticas sociais de leitura e escrita, ressignificando seu aprendizado para que os alunos se apropriem dele como práticas vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir.

Esse estudo tem a temática voltada para a alfabetização e letramento que ainda é difícil porque o ato de ensinar a ler e escrever na escola tem finalidade puramente didática: a de possibilitar a transmissão de saberes e comportamentos culturais, ou seja, a de preservar a ordem pré-estabelecida, o que o distancia da função social que pressupõe ler para se comunicar com o mundo, para conhecer outras possibilidades e refletir sobre uma nova perspectiva.

Não podemos deixar de compreender sua real importância, pois, propicia da melhor forma o seu desenvolvimento e visão para que as relações que ocorrem em seu meio sejam resultados edificantes para sua compreensão sobre as vivencias em sociedade.

Como pedagoga nos cabe utilizar de uma pesquisa para atualizar sobre os mecanismos que envolvem a alfabetização e o letramento, pois a pouco tempo achávamos que a criança só teria a oportunidade de letrar e alfabetizar quando fossem para a escola, hoje por intermédio de vários autores entre eles a Delia Lerner vimos que a criança já nasce em um mundo letrado que ajuda no seu desenvolvimento facilitando o seu aprendizado. Por fim, é necessário pensar também, o quanto essa pesquisa irá ajudar os profissionais da educação.

Diante desses fatos, o que é possível fazer para que possam conciliar as necessidades inerentes à instituição escolar e, ao mesmo tempo, atender as necessidades de formar leitores e escritores competentes ao exercício pleno da cidadania?

Deve se tornar explícitos aos profissionais da educação os aspectos implícitos nas práticas educativas que estão acessíveis graças aos estudos sociolinguísticos, psicolinguísticos, antropológicos e históricos, ou seja, aqueles que nos mostram como a criança aprende a ser leitora e escritora; o que facilita ou quais são as prerrogativas essenciais a esse aprendizado.

É preciso que se trabalhe com projetos como ferramenta capaz de articular os propósitos didáticos com os comunicativos, já que permitem uma articulação dos saberes social e os escolares. […] já que no trabalho com projetos os alunos discutem suas opiniões, buscam informações que possam auxiliá-los e procuram diferentes soluções, fatores importantíssimos à formação de cidadãos praticantes da cultura escrita. Trabalho com projetos estimula a aprendizagem, favorece a autonomia, já que envolve toda a classe, e evita o parcelamento do tempo e do saber, já que tem uma abordagem multidisciplinar. O Contrato Didático aqui é considerado como as relações implícitas estabelecidas entre professor e aluno, sobretudo porque exercem influência sobre o aprendizado da leitura e da escrita, já que o aluno deve concentrar-se em perceber ou descobrir o que o professor deseja que ele ‘saiba’ sobre aquele texto que o professor escolheu para que ele leia e não em suas próprias interpretações. A interpretação de textos parece estabelecer […] que o direito de decidir sobre a validade da interpretação é privativo do professor…”. Se o objetivo da escola é formar cidadãos praticantes da leitura e da escrita, capazes de realizar escolhas e de opinar sobre o que leem e veem em seu entorno social, é preciso que seja revisto.

Podemos considerar as dificuldades que os alunos carregam ao sair da escola. Suas práticas de leitura e escrita são defasadas. Esse transtorno se dá pela dificuldade que o professor tem de relacionar-se com as temáticas de alfabetização e letramento.

É necessário um investimento na formação e capacitação desses profissionais, que muitas das vezes não compreendem a importância de trabalhar essas práticas que é o momento onde está sendo construído o caráter do sujeito leitor. Não se podem poupar esses conhecimentos ao aluno, é de extrema importância oferecer condições para que os pequenos mergulhem neste mundo o quanto antes.

Quando esses fatores deixam de ser vivenciado o que fica é a perda de algumas referências da escrita como: o desenho, a modelagem e o faz de conta. Um dos entendimentos que se tem é que não se deve “perder tempo” com essas ações, dando início aos exercícios maçantes de treinar letras.

O professor precisa ser estimulado e entender que essa base sustentará a criança durante a vida toda. Ele deve também motivar a curiosidade do aluno pela aprendizagem, elaborar atividades relacionadas ao seu dia a dia, buscando meios para que essas práticas venham funcionar.

Quanto mais os profissionais capacitadores conhecerem a prática pedagógica e os que exercitam essa prática no dia-a-dia: as crenças que os sustentam e os mecanismos que utilizam; quanto mais conhecerem como se dá o processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita na escola, mais estarão em condições de ajudar o professor em sua prática docente.

 

REFERÊNCIAS

LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

https://pt.scribd.com/document/343405020/LERNER-docx

 

Jossieleni Gonçalez Tobias – E-mail: cmeicmarinoni@gmail.com

Sergio Diniz da Costa
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