“Muito se fala sobre a importância de duas instituições pilares da sociedade que é a família e a escola, porém precisamos cada vez mais pensar em como essas esferas podem se articular de maneira efetiva em prol do desenvolvimento das crianças.”
Muito se fala sobre a importância de duas instituições pilares da sociedade que é a família e a escola, porém precisamos cada vez mais pensar em como essas esferas podem se articular de maneira efetiva em prol do desenvolvimento das crianças.
Há por vezes uma transferência da educação que seria papel da família à escola. E muitas vezes a escola reclama da falta de participação das famílias na vida escolar dos alunos e se vê sobrecarregada, pois além de conteúdos das mais diversas disciplinas, se vê obrigada a ensinar às crianças valores básicos como respeito, honestidade, responsabilidade, entre outros.
A questão é que não podemos ficar em um jogo de culpados e de transferência de atribuições, mas sim buscarmos parceria e integração. A escola como lugar sistematizado de construção de conhecimento deve buscar cada vez mais planejar ações e estratégias para envolver as famílias no processo educativo. Não basta somente chamar os pais para reclamar dos alunos, ou para entregar boletins, mas sim para feiras, exposições, cafés filosóficos ou poéticos e também investir na formação das famílias, pois muitas se encontram confusas e perdidas frente aos desafios que a sociedade moderna as impõe. É importante a escola promover palestras e formações sobre a questão dos limites na formação da cidadania, uso indevido de drogas, bullying, uso responsável de redes sociais, depressão, enfim tantos temas que, pela troca de experiência entre escola e família, podem ser melhor esclarecidos, prevenidos e trabalhados com nossas crianças e adolescentes.
Por sua vez, as famílias também devem pensar mais na formação ética de seus filhos. Ensinar e cobrar valores essenciais na formação do ser humano, buscar ler e pesquisar sobre o desenvolvimento das crianças e adolescentes e participar mais da vida escolar de seus filhos, acompanhar trabalhos e tarefas de casa, perguntar sobre o que estão aprendendo, ligar ou ir à escola mesmo que a mesma não as chame, pois assim os alunos percebem que de fato a educação tem importância e relevância na vida deles. Além disso, é importante trabalharmos com questões de direitos e deveres, onde as pessoas entendam suas responsabilidades e que isso faça parte da formação de cada um desde a infância. Cuidado com horários, normas, regras e rotina são essenciais na formação de toda pessoa e devem ser ensinados desde o início do desenvolvimento infantil.
Dessa forma, se faz necessário entender à importância da parceria entre escola e família e que essa interação tenha lugar privilegiado no planejamento escolar e até em novas políticas públicas que visem esse fim. E como salientava Içami Tiba “O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afetos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno”. Pois, somente com essa parceria conseguiremos construir uma educação eficaz e uma formação integral de nossos alunos para realmente formarmos cidadãos que atuem no mundo de forma colaborativa e responsável.
Vanessa Queirós Alves – vanessa.a@uninter.com
Professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional – Uninter.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024