novembro 22, 2024
O poder cognitivo
Correntezas de um rio
Organização, gestão do lar e mesa posta
Cansaço
A força dos ipês: mais que uma reparação
O reconhecimento que não alimenta professores…
Conversa de bêbados
Últimas Notícias
O poder cognitivo Correntezas de um rio Organização, gestão do lar e mesa posta Cansaço A força dos ipês: mais que uma reparação O reconhecimento que não alimenta professores… Conversa de bêbados

Jairo Valio: 'O anjinho que queria brincar'

image_pdfimage_print

“Gabriela era o nome do Anjinho sapeca,/ Parecendo uma criança que queria brincar,/ E diante de tantas reclamações que ouvia,/ Deus lhe deu tarefas para na terra cumprir/ E com as criancinhas que sofrem fazê-las sorrir.”

O Anjinho que queria brincar

Gabriela era o nome do Anjinho sapeca,
Parecendo uma criança que queria brincar,
E diante de tantas reclamações que ouvia,
Deus lhe deu tarefas para na terra cumprir
E com as criancinhas que sofrem fazê-las sorrir.

Tomou com sua irreverência uma estrela cadente,
Que num xispa qual flecha ligeira disparada,
Despencou do Céu e suavemente aqui aportou,
Deixando o Anjinho Gabriela perto de um Hospital,
Pois lhe disse que ali tinha criancinhas sofrendo.

Chegou até um quarto onde viu uma linda criança,
Dormindo para atenuar o rostinho crispado por dores,
E que a mamãezinha cuidadosa lhe fazia carinhos,
Dizendo então suavemente para Heleninha acordar,
Pois teria que se alimentar para sua casa voltar.

Psiu, psiu, o Anjinho sussurrou para não lhe assustar,
E viu nos olhos com lágrimas que Heleninha sofria,
E para que delas esquecesse começou então a brincar,
Fazendo gracejos e mostrando todas suas arteirices,
Até que a linda criança então começou a sorrir.

Falou para a mamãezinha que estava brincando,
Com um Anjinho do Céu que lhe fazia gracejos,
E as dores que tanto sofrimento lhe trazia,
Foram embora pois nada mais estava sentindo,
E na despedida Gabriela lhe deixou uma flor.

Foi então em busca das criancinhas das periferias,
Pobrezinhas que não tem espaços nem sabem sorrir,
E encontrou Juliana que desejava ser bailarina,
Ensaiando passinhos num corpinho tão maltratado,
Pela fome que naquele barraco sempre existiu,

Mostrou para a pequena garotinha cheia de sonhos,
Que poderia ser uma bailarina como gostaria de ser,
E num passe de mágica lhe calçou lindas sapatilhas,
E no corpinho que precisava de alimentos para se recompor,
Um lindo vestidinho logo apareceu e seu cabelinho arrumou.

Um palco tão bonito cheio de lindas garotinhas ensaiando,
O Anjinho lhe presenteou e deu-lhe até as virtuosidades,
Pois logo foi deslizando e despertando incredulidades,
E todos que presenciavam ficaram atônitas com o que viam,
Pois aquela menininha pobrezinha era a melhor das bailarinas.

Assim cumprida sua missão onde se sentiu tão gratificada,
Gabriela, o Anjinho sapeca que gostava de travessuras,
Voltou para o Céu embarcando num Cometa que passava,
E sorridente enquanto seguia para com Deus dialogar,
Conversava com Heleninha e Juliana agora crianças felizes.

Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com
29/01/2011

Jairo Valio
Últimos posts por Jairo Valio (exibir todos)
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
Pular para o conteúdo