novembro 21, 2024
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O Leitor Participa: Arvelos Vieira, da Academia Cruzeirense de Letras e Artes: 'Tragédias sequenciais'

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“Meu Deus, que inicio de ano violento,/ Começando com a barragem de Brumadinho,/ Que sofreu terrível e trágico rompimento,/ Arrasando todo o entorno vizinho!

Tragédias Sequenciais

Meu Deus, que inicio de ano violento,
Começando com a barragem de Brumadinho,
Que sofreu terrível e trágico rompimento,
Arrasando todo o entorno vizinho!

E a tragédia se arrasta há duas semanas,
Todos os dias corpos são encontrados,
O Brasil inteiro chora e se emociona,
Assistindo a dor de familiares desolados!

Mas de cem corpos desaparecidos,
Nesse desastre de grande repercussão,
Que é tido como o maior já acontecido,
Desde o surgimento dessa Nação!

E como desgraça pouca é bobagem,
Tivemos um vendaval no Rio de Janeiro,
Ventos e chuvas em grande dosagem,
Enlutaram o estado carioca por inteiro!

Morreram na calamitosa tormenta,
Seis pessoas na queda de barreiras,
Vitimados pela quantidade lamacenta,
Tragédia que marcou essa 4ª feira!

Não bastasse todas essas calamidades,
Aconteceu o incêndio no CR Flamengo,
Dez jovens foram vítimas da fatalidade,
Carbonizados, meu Deus que tormento!

Jovens que tinham um futuro pela frente,
Todos com condições de no futebol brilhar,
Craques da bola, atletas proeminentes,
Entristecido todo o país está a lamentar!

No Flamengo, no seu Centro de Treinamento,
Um curto circuito foi o causador da atribulação,
A legião esportiva entristecida nesse momento,
É solidária com o Flamengo nessa comoção!

O carioca se viu ainda em polvorosa,
Nessa sexta-feira de sofrimento coletivo,
Rivalidade entre facções criminosas,
Fez treze mortes por saraiva de tiros!

Se bem que essa violência não assusta mais,
Deixou de ser computada como calamidade,
No Rio de Janeiro tornou-se tão contumaz,
Mortes a bala em qualquer canto da cidade!

A verdade é que a violência social viralizou,
Nesse país que tinha tudo para ser maravilhoso,
Sempre crescente o crime organizado proliferou,
Hoje vive-se clima constante de pesar e temeroso!

Sergio Diniz da Costa
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