setembro 18, 2024
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Antônio Fernandes do Rêgo: 'Ponta Negra antiga'

Antônio Fernandes do Rêgo

Ponta Negra antiga

Visitei hoje, Ponta Negra praia,

sentei-me no batente da calçada,

e em frente ao seu lençol de cambraia

lembrei-me de uma casa alpendrada,

 

Ali em grupo acampei em piquenique,

Nos anos juvenis de minha vida,

que saudades senti daqueles tempos…

Aguenta, coração, estas batidas!

 

Depois foquei-me bem naquelas pedras

Das quais já fiz mirante, e refleti.

Lembrei-me ali de um poema que eu fizera,

e que uma noite no bonde o esqueci.

 

Dizia de um mar azul e esverdeado,

que à linha do horizonte pusera-me a olhar

o sol nascente. Era um brigue em chamas,

o esplendor onde o céu encontrava o mar.

 

Prezei sua fantástica paisagem,

Desde aqui até o forte dos Reis Magos,

e ela prendeu-me com tal energia,

que hoje em vagas lembranças me afago.

 

Seu morro ainda não era careca,

Vestia-se de verde fartamente,

que dava-lhe um aspecto mais bucólico,

era assim nossa praia antigamente.

 

De lento andei ao largo das falésias,

de repente lembrei-me das palmeiras,

que aos poucos e românticos casais

eram sombras gentis e espreguiceiras.

 

A curva até o remanso do Morro,

contornava, os chalés de telhas vãs

pouco além à visão dos pescadores

que vinham com as jangadas às manhãs.

 

Hoje em vez dos chalés, sobrados,

porém, sem mais as rodas seresteiras,

e agora sem pisar tuas areias

prendo-me às suas antigas palmeiras.

 

 Antônio Fernandes do Rêgo

 

 

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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