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Artigo de Celso Lungaretti: 'Dos atletas só se perde o berro'

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DOS ATLETAS SÓ SE PERDE O BERRO

Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.

Num mesmo domingo (ontem, 20/09), dois exemplos da mentalidade escravocrata dos dirigentes esportivos brasileiros.

No futebol, dirigido sabe-se lá por quem enquanto o presidente da CBF se ocupa de evitar as grades, estão se marcando partidas do Brasileirão para as 11 horas de domingo.

Isto significou, para os atletas de Corinthians e Santos, serem submetidos a uma sensação térmica de 38ºC; para os de Goiás e Joinville, de 45ºC.

É um horário melhor para o público e faz aumentar as arrecadações? Dane-se! Porque, como bem disse o Geraldo Vandré, “gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente”. Estão esperando algum jogador morrer para acabarem com esta desumanidade?

No tênis, o Brasil amargou o vexame de ser rebaixado para a segunda divisão da Copa Davis jogando em casa, embora a Croácia, sem seu nº 1 Marin Cilic, não fosse nenhum bicho papão.

A derrota se consumou quando, inferiorizados por 2×1 na contagem geral e também no placar da quarta partida, tivemos nosso melhor tenista, Thomas Bellucci, deixando melancolicamente a quadra: perdia o quarto set por 4/0 e mal conseguia se movimentar, de tantas dores na região lombar.

Ocorre que a quadra lentíssima de Florianópolis foi uma escolha ruim para João Souza Feijão e péssima para Bellucci, que costuma se ressentir fisicamente quando é obrigado a disputar partidas longas. Neste domingo, desabou depois de 3h11.

Para os dois seria melhor uma quadra rápida. Por que a opção por Floripa, então? Para que o jovem croata Borna Coric, no esplendor de seus 18 anos, passasse como um trator por cima de ambos?

Fernando Meligeni, o guerreiro Fininho, foi capitão da equipe brasileira na Davis em 2005/2006, depois de pendurar a raquete. E conta:

…pedimos para jogar no nível do mar e, se possível, no calor do Nordeste. Por motivos políticos, ganhamos Belo Horizonte. Sem poder debater e reclamar, tive de aceitar e (…) deixei o cargo após esse confronto.

Desta vez foi ainda pior, com Bellucci nem sequer conseguindo lutar até o fim. Houve quem apupasse, mas a maioria dos torcedores compreendeu e aplaudiu seu esforço.

Quanto aos dirigentes, esses só merecem vaias. No mínimo, são parasitas desastrados. E, dados os escândalos que pipocam em tantas áreas, não podemos descartar a possibilidade de existirem outro$ fatore$ envolvido$.

Nem afirmar, claro. Mas, alguém tem de vir a público prestar os esclarecimentos devidos. Se continuarmos aceitando passivamente o autoritarismo e as decisões incongruentes, vamos nos tornar perdedores contumazes.

Quantas humilhações equivalentes aos 7×1 do Mundial da Fifa estarão à nossa espera nos Jogos Olímpicos de 2016?

Helio Rubens
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