Setembrou, primaverou…
A brisa suave da manhã chega de mansinho iluminada pelo o sol nascente anunciando o início de um novo mês nesse conturbado ano de 2020.
Agosto findou… Mês do meu aniversário que traz recordações de minha família, infância, juventude…
Os Bem-te-vis, maritacas e os gatos cantarolam cada um na sua linguagem, formando uma música suave, específica e amorosa, o jabuti anda no quintal e vez ou outra olha para a porta da cozinha me esperando para seu desjejum. O beija flor sobrevoa a cozinha anunciando sua presença, o sapo coaxa dando bom dia.
Assim, iluminados pelo astro rei, as folhas das árvores dançam compassadamente embaladas pela brisa como se fosse um balé; ali, a sinfonia da vida continua.
Chegou setembro esperançoso, florido, aquecido, nos mostrando a alternância do ciclo da natureza e a continuidade de seus quereres.
É só saber esperar que a chuva e o frio passem; não me aludo às coisas grandiosas, mas a pequenos deleites diários, que podem passar despercebidos, mas que constituem um luxo nesse momento crucial em que passa a humanidade. Ler um livro, prosear com um amigo, responder aos inúmeros ‘bons dias’ no chat, e-mais, zap, grupos, o café fumegante de cheiro convidativo, o pão de queijo saindo do forno, a mesa posta e a família reunida…o café é servido…
Nesse contexto epidêmico uma nova sociedade se forma mais amorosa, resiliente, consciente e companheira. A dor do outro é a minha dor, o vírus não escolhe a quem ‘atacar’ e leva sem piedade deixando rastro de dor.
Tudo nos leva a uma reforma íntima como as folhas das árvores que desprendem de seus galhos e caem no solo, dando lugar a novas folhas, mais verdes, brilhantes; é o ciclo da vida brotando…
Setembro tem sabor de recomeço, novidades, de flores coloridas, cantos de pássaros, de sol escaldante e aquecedor que se refletem no brilho dos olhos das pessoas, tornando o sorriso e o caminhar terreno mais iluminado.
Nesse momento, de amanhecer esperançoso, revejo rotas, redefino objetivos para fazer tudo a que me propus, com alegria. Sem pressa, pois para tudo há o momento certo.
Plantar é semear, regar, adubar para que a colheita seja abundante!
É um momento de reflexão, tranquilidade, amor e de agradecimento.
Magna Aspásia Fontenelle
Uberaba, 1º de setembro de 2020
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Natural de Carolina (MA) e residente em Uberaba (MG), é professora, escritora e jornalista. Máster en Formación de Profesores de Español LE. Universidade de León-UNILEON-Espanhã; Dra em Filosofia Universica, consagrando-se por mérito em Philosophos Immortalem-Ph.I.; Dra. h.c. em Literatura pela FEBACLA. Organizadora de vários Congressos, seminário, mesas-redondas enfatizando a formação continuada de professores e literaturas, saraus, cantaraus, entrevistas dentre outros. Membro Fundadora Imortal e presidente da Academia de Letras do Brasil Seccional Uberaba-Minas Gerais (ALB). Membro Fundadora e presidente da Academia Alternativa Pegasiane Brasil/Albânia (AAP-Brasil). Colaboradora da Revista Aristos Internacional -Portugal-Espanha; Colunista do Jornal ROL; Delegada Cultural para o Triângulo Mineiro da FEBACLA). Membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira-FOCUS Brasil New York. Agraciada com várias honrarias, como: Medalha Mandacaru- Selo Enseada das Letras -Recife (PE); Guardiã Perpétua do Patrimônio Cultural do Triângulo Mineiro (FEBACLA-RJ). Troféu Carlos Drummond de Andrade-Itabira-(MG); Acadêmica Benemérita e efetiva da FEBACLA. Título de Cidadania Uberabense (MG); Grande Prêmio de Honra Gonçalves Dias e título de Condessa Fontenelle pela Casa Imperial dos Godos do Oriente, dentre outras.