Presidente da República Alternativa Cultural Recife PE, Bruno Alves utiliza o multiculturalismo como ferramenta pedagógica
Bruno Alves Feitosa é natural de Terezina (PI). Possui Doutorado em Ciências das Religiões, Doutorado em Capelania, Mestrado em História da Igreja e Bacharelado em Teologia.
Atualmente, é promotor cultural e sua obra é realizada através de apresentação de programas e congressos culturais pelo Nordeste.
É Diretor da República Alternativa Cultural Recife PE, instituto que foi idealizado no ano de 1989 por ele e pelo professor e pedagogo Nivaldo Alves Feitosa, tendo como objetivo utilizar o multiculturalismo como ferramenta pedagógica, onde valores humanos são engajados para o exercício da cidadania cultural a partir da interpretação da cultura como um acervo de conhecimentos aplicados mediante as capacidades humanas agregadas em pleno exercício visando a construção da identidade histórica de uma sociedade.
Presidente da República Alternativa Cultural – Recife PE; Diretor do Bloco Cultural Cavalo Piancó – Recife (PE); Diretor do Bloco Cultural Malassombro do Jaraguá – Recife e Vice-líder do Recanto Intelectual – Recife.
Bruno Alves trouxe pela primeira vez na história de Pernambuco a cultura do Cavalo Piancó, folclore do Piauí. Através do Mestre Nonato Araújo presidente do Bloco Fuzuê Cultural do Jaraguá do Ceará, teve o privilégio de trazer para Recife a Cultura do Jaraguá Reisado.
Conheça estas duas expressões do folclore piauiense:
CAVALO PIANCÓ
Dança realizada com casais que ficam em círculos para imitar o trote do cavalo. São diversos passos que alternam a velocidade entre moderado e rápido. Como as músicas podem ser improvisadas, a coreografia pode ser alterada por isso.
Essa palavra um tanto diferente surgiu há um tempo, como uma brincadeira divertida entre crianças de uma comunidade nordestina, que mais tarde se transformou em dança, com direito a variados ritmos e cantigas. A dança, como era de se esperar, foi passando de geração em geração e perdura até hoje nos costumes da população e até de outras regiões do Brasil.
A origem dessa dança, que possui descendência negra, se deu no município de Amarante, no estado do Piauí. Amarante se localiza às margens de três rios: Canindé, Parnaíba e Mulato. É sabido que foram nas margens do rio Canindé que os negros, na intenção de espantar o sono sob as noites de luar, dançavam o Cavalo Piancó. Hoje é difícil encontrar um habitante que não conheça essa dança, que se tornou praticamente parte da cultura da cidade de Amarante, e é também um motivo de orgulho para os cidadãos.
JARAGUÁ REISADO
Elemento fantástico existente no folclore brasileiro, o Jaraguá é encontrado em várias regiões.
No Nordeste tem papel secundário no Bumba-meu-boi, aparecendo em alguns lugares de Pernambuco, Ceará, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte.
Em São Luís, o Jaraguá é “Onça”, em alguns lugares de Pernambuco a cabeça do cavalo, representa o “Babau” e no Amazonas é “Juarauá”.
Embora hoje se constitua numa figura complementar de um grupo, o Jaraguá talvez tenha sido originalmente um Reisado, um folguedo autônomo, sendo despersonalizado através dos tempos pela força do Boi.
O estranho animal dança em passos miúdos, mas de vez em quando investe sobre os assistentes aos saltos, vai de um lado para o outro batendo as queixadas, fingindo morder. É feito de uma caveira ou mandíbula de cavalo, completa, sendo os dois maxilares manobrados por um cordão forte preso a uma mola para que possam abrir e fechar acompanhando o ritmo da música com o entrechocar dos dentes. Essa “cabeça” é presa a um pau comprido e forte que lhe serve de suporte e de pescoço, tão longo quanto seja possível o portador manejar. Um pano colorido, geralmente estampado em corres berrantes, veste-o até ao chão, cobrindo também quem o carrega, havendo uma abertura à altura dos olhos. Não costumam faltar os tradicionais arranjos de flores e longas fitas ou tiras de papel à guisa de cabeleira.
O sucesso do Jaraguá é grande, principalmente entre as crianças que têm medo e fogem assustadas com a feia cabeça que bate os dentes. Sua figura, porém, é irresistível e, apesar do temor, seguem-no encantadas entre risos, cantos e gritos nervosos e alegres. No Estado do Rio de Janeiro marca sua presença no carnaval ao lado de boizinhos, mulinhas e dançadores do Mineiro-pau.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024