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Antônio Fernandes do Rêgo: 'Os Caminhos de Santiago de Compostela'

Antônio Fernandes do Rêgo

Os Caminhos de Santiago de Compostela

Esta bela viagem começa onde?

Pergunta que se faz o peregrino.

— No lugar onde se está. Se responde.

São muitos caminhos e um destino.

 

Fazem os planos, partirão e hão de vencer,

Que filhos de pássaros passarinhos

São, e até onde vão se comover

Passarão sendas, pedras e espinhos.

 

A viagem quase fantasia começa

No roteiro e não sai do pensamento

Enquanto o sonho não se amanheça,

Sopra na justa direção o vento.

 

Doce ilusão a se realizar;

A bagagem, a coragem e a valise,

Alguns ciclistas a pedalar

A procura da rota para a Galiza.

Aqui e acolá um outro acompanha;

No caminho, paisagens no horizonte,

E a esperança a vencer trilhas para Espanha

Atravessando pontes, vales e montes.

 

Vão todos juntos ou mesmo separados

Peregrinos com uma imagem na esclera

E cada pedregulho é derrotado

Rumo a Santiago de Compostela.

 

Apontam estrelas no firmamento

Guiados pela Coroa Boreal

Alguns vão palmo no alongamento

Das trilhas nas terras de Portugal.

 

Da cidade do Porto para Esposende,

De lá para Caminha e Redondela,

De bicicleta a vista surpreende,

De Caldas de Rei se vão a Compostela.

 

Ares amenos mais perto aos mares

Das pessoas a solidariedade,

Tudo é o melhor em todos os lugares,

Nas vilas, nas aldeias e cidades.

É a Via Láctea azul dos nossos sonhos,

E nestas argênteas estradas do mundo

vão seguidos por serafins risonhos,

O que vale é partilhar cada segundo.

 

Cajado à mão, de carro ou pedalando,

Peregrinos, onde a viagem encerra,

Há ainda o horizonte clareando

Permitiu-lhes Deus de “ver o céu na terra”.

 

Antônio Fernandes do Rêgo

aferego@yahoo.com.br

 

Sergio Diniz da Costa
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