Esfinge
Inebriado eu me sinto
Não pelo teor alcoólico
Propriamente dito
Mas pelas doses abrasantes
E shots extenuantes
De dores e amores
Pelo que é e faz sentido
Não pela Cerveja, Vinho
Uísque, Cachaça, Absinto
E tudo o mais que é servido
No pé-sujo ou no grã-fino
Inebriado eu me sinto
É pelo poema sorvido
Pela música tocada
Pelo arranjo inventado
Pela noite enluarada
Pelo eclipse avistado
Pela estrela iluminada
Pelos teus olhares famintos
Esfíngicos
A decifrar meus abismos
A acolher minhas taras
Bem-aventurado é o poeta
Amante da linguagem
Que escreve fora das margens
Pela vida afora, todas as horas
Fluindo, trocando confidências
Tocando, destilando carícias
Entre angústias e alegrias
Superlativas
Somente a poesia nos salva
Sem ela, somos almas penadas
Marcas sem memória e glória
Nadas semânticos, cacofonias
Devorados por um estilo de morte
Seres mergulhados na fobia de vida
Submersos na maré de inglória sorte
Se a poesia não nos decifra
Somos afetos sabotados
Vírgulas sem pausa e causa
Parágrafos sem nexo
Desafetos do sexo
Ideias repetidas.
Traductora: Damelis Castillo
Embriagado me siento
No por el tenor alcohólico
propiamente dicho
más por las dosis abrasantes
y choques extenuantes
de dolores y amores
Por lo que es y hace sentido
No por la cerveza, vino
whisky, caña, absinto
ni todo lo que es más servido
en los botiquines o en los pubs
Embriagado me siento
Es por el poema absorbido
Por la música tocada
Por el arreglo inventado
Por la noche de luna llena
Por el eclipse avistado
Por la estrella iluminada
Por tus miradas hambrientas
de esfinges
para descifrar mis abismos
y acoger mis taras
Bien aventurado es el poeta
Amante del lenguaje
Que escribe fuera de los márgenes
por la vida afuera, a todas horas
fluyendo, cambiando confidencias
tocando, destilando caricias
entre angustias y alegrías
superlativas
Solamente la poesía nos salva
Sin ella, somos almas en penas
Marcas sin memoria ni gloria
Nada semánticos, cacofonías
devoradas por un estilo de muerte
Seres sumergidos en la fobia de vida
Sumergidos en la marea sin gloria ni suerte
Si la poesía no nos descifra
Somos afectos saboteados
Comas sin pausa ni causa
Párrafos sin nexo
Desafectos del sexo
Ideas repetidas.
Pietro Costa
Pietro_costa22@hotmail.com
Clipe poético com tradução para o Espanhol, em parceria com a multiartista venezuelana Damelis Castillo:
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Claudia Lundgren, natural de Teresópolis (RJ), é poetisa, escritora e Educadora Infantil. É Acadêmica da ACILBRAS, da AIL e da FEBACLA; é Acadêmica Correspondente da Academia Caxambuense de Letras e da Academia de Letras de Teófilo Otoni, e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA). Também pertence à ALB e a ABC, ambas virtuais. Recebeu Menção Honrosa no I Concurso de Poesia Junina e obteve o 9º lugar no XXXIV Concurso de Poesia Brasil dos Reis, (Ateneu Angrense de Letras e Artes). Foi homenageada com a Comenda Acadêmica Láurea Qualidade Ouro, a mais alta comenda da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e com o Prêmio Cidade São Pedro de Aldeia de Literatura. Participou de dezenas de Antologias Poéticas. No início de 2019 lançou seu primeiro livro solo, ‘Alma de Poeta’ (Editora Areia Dourada), que recebeu o Troféu Monteiro Lobato como o melhor livro de poesia, no evento ‘Melhores do ano 2019’ (LITERARTE), e recentemente, lançou seu segundo , ‘Simplesmente Poemas’, com o selo AIL.