Obras exaltam a força da natureza e celebram uma linguagem visual singular, que inova e perpetua a tradição e a cultura dos aborígenes australianos
Obra de Rover Thomas – Crédito: Coo-ee Aboriginal Art Gallery – Australia
A CAIXA Cultural São Paulo traz pela primeira vez ao Brasil e à América Latina a exposição “O Tempo Dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália”, uma seleção vigorosa, significativa e diversificada de obras dos artistas aborígenes contemporâneos daquele país-continente. A mostra, que será inaugurada no sábado, dia 19 de março, faz parte do “Australia Now” (Austrália Agora), o festival organizado pelo governo Australiano celebrando o ano da Austrália no Brasil.
Os visitantes poderão conhecer mais de setenta obras de arte de artistas aborígenes de regiões variadas da Austrália, entre pinturas, esculturas e impressões, que englobam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da arte aborígene contemporânea na década de 70 até o presente.
Os trabalhos expostos na Caixa Cultural de São Paulo foram selecionados pelos curadores Adrian Newstead, Clay D´Paula e Djon Mundine dentre uma extensa coleção de mais de duas mil obras da mais antiga galeria de arte aborígene da Austrália, a Galeria de Arte Coo-ee. Peças de coleções privadas também atravessaram o oceano exclusivamente para esta exposição.
No sábado, 19/3, e domingo, 20/3, o curador Clay D´Paula e a professora e doutora em Antropologia Ilana Seltzer farão visitas-guiadas.
Segundo o curador Clay D´Paula, “os brasileiros tiveram, até hoje, poucas oportunidades de conhecer todo esse universo – o que pode, inclusive, levá-los a refletir sobre os povos indígenas que vivem em seu próprio país. Brasil e Austrália possuem muitas coisas em comum. Contribuir para aproximá-los e convidar ao diálogo é um dos objetivos dessa exposição”, afirmou.
Obra de Lorna Fencer – Crédito: Coo-ee Aboriginal Art Gallery – Australia
Artistas participantes
A mostra reúne os artistas aborígenes de maior projeção internacional e com uma paleta refinada e repleta de cores, como a do celebrado artista Rover Thomas (1926-1998) com suas paisagens de cor ocre que mudaram, com sua visão, a percepção paisagística australiana. Suas pinturas podem ser apreciadas da mesma forma que as criadas pelos impressionistas no século XIX, mas, na sua maioria, sem horizontes.
Outra artista de destaque, considerada pela crítica como uma das maiores pintoras da abstração do século XX, é Emily Kame Kngwarray (1910-1996), que estará representada na mostra pela pintura “Sem título (Alargura I)”. Nela, a aplicação de cores vermelhas e amarelas destaca os tons variados e de mudança no ciclo de vida do Anooralya Yam, uma planta utilizada como forma de alimento pelos povos aborígenes do deserto australiano.
SERVIÇO
Exposição: “O TEMPO DOS SONHOS: ARTE ABORÍGENE CONTEMPORÂNEA DA AUSTRÁLIA”
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro – Metrô Sé)
Abertura: 19 de março de 2016 (sábado), às 11h
Visitação: 19 de março a 15 de maio de 2016 (terça-feira a domingo)
Horário: 9h às 19h
Informações: (11) 3321-4400
Classificação indicativa: livre
Entrada franca
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal
Visitas guiadas com o curador Clay de Paula e a professora e doutora em Antropologia Ilana Seltzer
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro – Metrô Sé)
Galerias Dom Pedro II e Florisbela
Visitação. 19 e 20 de março
Horários: 11h no dia 19/3 e às 15h no dia 20/3.
Duração: de 30 minutos a 1 hora
Público alvo: todas as idades
Quantidade de pessoas: 60 pessoas
Forma de inscrição: por ordem de chegada, no local da exposição
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.