As apresentações acontecem de maneira online na página do Facebook da Cia de 28 de novembro a 8 de dezembro
E se de repente o mundo começar a girar ao contrário? Assim começam as aventuras e desventuras de um moço que vai fazer de tudo para tentar resolver os problemas que estão acontecendo com a natureza que ficou tão irritada. Nessa caminhada pelos seis cantos da terra, o personagem vai se deparar com animais, pessoas diferentes, terras estranhas e seres fantásticos esquecidos.
Histórias Pintadas, por Dario Uzam:
A ideia de desenvolver uma peça de teatro com o nome Histórias Pintadas surgiu a partir da existência de muitos contos populares ou folclóricos que envolvem onças, conhecidas também como animais misteriosos e surpreendentes. Sob o signo das onças, diversas histórias indígenas e sertanejas já foram criadas e transmitidas oralmente através de várias gerações, envolvendo noções de imaginário, perigo e crendices, entre variadas outras metáforas.
No campo dos contos populares, quase tudo é possível, desde pequenos acontecimentos banais, até eventos de certa forma “milagreiros”, tal é a força desses contos de onças difundidos pelo memorial, dentro de lendas e costumes populares.
Nossa história é narrada por uma onça aos seus pequenos filhotes. A onça conta histórias “pintadas” sobre terras distintas (no caso, biomas), bem como possíveis ações apressadas ou desenfreadas de homens que podem acabar resultando em reações robustas vindas da natureza bruta como respostas.
Contamos de forma teatral para o público infanto-juvenil as andanças de um personagem que se chama Moço, que recebe um chamado para cumprir uma trajetória urgente. Tudo começa quando o personagem e o seu querido boi Buriti apostam uma corrida e acabam pisando no rabo de uma onça (mítica ou ancestral). A partir daí, o mundo se ressente, estremece e começa a girar ao contrário. Surgem relâmpagos sem chuva, secas surpreendentes, estiagens inesperadas, além de estouros de barragens, entre outros acidentes, causados por descuidos ou falta de planejamentos.
O personagem tenta ajudar a consertar o mundo à sua volta e, nas suas andanças, acaba conhecendo mais de perto outras realidades. Assim o Moço se relaciona com pessoas e animais, diante de suas mazelas. E acaba sofrendo uma transformação que lhe traz um novo olhar sobre o convívio com todos os seres e biomas.
Em nossa história teatral, o personagem Moço carrega um Berrante, representando o legado da amizade afetiva entre o animal e o homem. O berrante significa um instrumento sonoro antigo e agregador, com o poder de reunir, organizar, conduzir e agregar. Berrantes podem ser ouvidos até três quilômetros de distância, tal o seu poder de comunicação. É também um instrumento que carrega o signo de permanência e presença no campo, como aliado de uma jornada ou causa de importância.
O personagem Moço pode representar novas tendências e ações, além possibilidades de novas atitudes. E a sonoridade “mágica” do seu berrante que ajuda a consertar as mazelas da terra – pode sugerir novos respiros ou atitudes mais humanas.
Dentro dos nossos biomas nada está sozinho, tudo está interligado e cada ação pode repercutir na vida ou no sistema de cada animal, planta ou paisagem. E o homem faz parte de tudo isso. A convivência nessa biodiversidade incrível pode estar cheia de surpresas, tanto positivas como negativas.
A natureza se renova a um simples comando consciente representado aqui pelo som do berrante. Em nossa história, pisar no rabo de uma onça tem o significado metafórico de agressão desmedida diante da natureza.
Ficha técnica
Elenco: Surley Valerio, Tânagra Andria e William Lobo.
Direção e Texto: Dario Uzam.
Bonequeiras: Surley Valerio e Thaís Uzan.
Iluminação: Eric Valerio.
Produção: Cia. Articularte – Teatro de Bonecos.
Site: www.articularte.com.br.
Crédito de Fotos: Dario Uzam
Locais e Cidades (12) apresentações – Transmissão: www.facebook.com/cia.articularte/live_videos/
01 Peça de Teatro de Sombras – Histórias Pintadas (20 min).
01 Oficina de Teatro de Sombras (15 min).
1) 28/11/21 – 17h – 27º Festival de Artes de Itu.
2) 02/12/21 – 15h – Atibaia/SP – Secretaria da Cultura.
2) 03/21/21 – 13h30 – Guaraçaí/SP – Escola – Secretaria da Educação.
3) 09/12/21 – 15h – Americana/SP – Secretaria da Educação e Cultura.
4) 14/12/21 – 15h – Itapira/SP – Secretaria da Cultura.
5) 30/11/21 – 15h – CEU PERA MARMELO (aniversário e festividades).
6) 01/12/21 – 14h30 – Biblioteca Villa-Lobos – BVL
7) 01/12/21 – 15h30 – Biblioteca São Paulo = BSP.
8) 02/12/21 – 09h30 e 13h30 – Associação Sal da Terra (02 sessões).
9) 08/12/21 – 10h e 14h30 – Projeto Quixote – (02 sessões). Vila Mariana.
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira