Em seus filmes, o francês Laurent Cantet costuma abordar questões sociais do presente. Foi assim com o ensino fundamental e inclusão em “Entre os Muros da Escola”, ganhador da Palma de Ouro em 2008, e em “A Agenda”, que aborda o desemprego na França em tom de thriller. Em @ARTHUR RAMBO – ÓDIO NA REDE, que faz sua estreia no Brasil no Festival Varilux de Cinema Francês, o cineasta parte da história real do jovem Mehdi Meklat, que se tornou uma estrela do jornalismo, mas viu sua carreira ruir quando antigos tweets vieram à tona.
O Festival acontece até 8 de dezembro em diversas cidades. Para as exibições do filme, acesse https://variluxcinefrances.com/2021/filmes/arthur-rambo/. O longa será lançado no país pela Vitrine Filmes em 2002. No filme, o protagonista se chama Karim D., interpretado por Rabah Nait Oufella (“Nocturama”), que partindo da blogosfera se torna um jornalista e escritor de sucesso, chegando a assinar um contrato com uma editora para publicar um livro. Ele é saudado como a voz dos filhos e filhas de imigrantes vindos das regiões mais distintas da África, e logo também se torna um queridinho dos intelectuais de esquerda. Quando a estrela de Karim parece estar chegando ao topo, algo acontece. Antigos tweets homofóbicos, racistas, misóginos e antissemitas vêm à tona. Comentários feitos sob um pseudônimo – Arthur Rambo, a sonoridade cria a ideia dupla remetendo ao personagem do cinema Rambo e ao poeta francês Arthur Rimbaud. @ARTHUR RAMBO – ÓDIO NA REDE, cujo roteiro foi escrito por Cantet, Fanny Burdino e Samuel Doux, acompanha 48 horas na vida desse jovem, depois que ele é desmascarado. Em entrevista ao site de cinema europeu, Cineroupa, Cantet conta que costumava acompanhar Mehdi Meklat em seus comentários políticos numa rádio francesa, e o achava muito inteligente. “Quando os tweets foram revelados, eu custei a acreditar que era a mesma pessoa. Como isso era possível? Para mim, era um quebra-cabeças, no qual vi potencial para um filme.” Para o roteiro, ele também confessa que havia um dilema de como o filme deveria retratar seu protagonista. “Deveríamos estar muito distantes dele e o pintar como desprezível? Achamos que não devíamos julgar ou trazer explicações. O personagem se mantém um enigma, um enigma que é confuso até para ele mesmo. O filme tem certa empatia com o personagem, mas não o exime da culpa de ter escrito o que escreveu.” O diretor também elogia bastante o trabalho do ator Rabah Nait Oufella, no papel de Karim D., um personagem complexo, e, nem sempre agradável. “Acredito que Rabah foi bem sucedido, e achou o equilíbrio certo para o protagonista. Ele não é simpático, mas também não é um monstro, nem uma vítima. Ele foi capaz de transmitir a complexidade do personagem”, disse o cineasta à Variety. Ainda inédito também no circuito francês, @ARTHUR RAMBO – ÓDIO NA REDE foi exibido nos festivais de Toronto e San Sebastian, onde foi bem recebido e as questões contemporâneas do filme destacadas. “A decisão de trazer a história em apenas uma noite e dois dias traz o senso de urgência do tempo real”, escreve o Screen Daily. @ARTHUR RAMBO – ÓDIO NA REDE, será lançado no Brasil pela Vitrine Filmes. |
Sinopse
Quem é Karim D.? Um jovem escritor empenhado no sucesso? Ou seu pseudônimo Arthur Rambo, que espalha mensagens de ódio em suas redes sociais?
Ficha Técnica
Direção: Laurent Cantet Roteiro: Laurent Cantet, Fanny Burdino e Samuel Doux Produção: Marie-Ange Luciani Elenco: Rabah Naït Oufella, Sofian Khammes, Antoine Reinartz Direção de Fotografia: Pierre Milon Trilha Sonora: Chloé Thévenin Montagem: Mathilde Muyard Gênero: drama, suspense País: França Ano: 2021 Duração: 87 min. Vitrine Filmes A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de quatro milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão ‘O Som ao Redor’, ‘Aquarius’ e ‘Bacurau’ de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro, e ‘O Filme da Minha Vida’, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou ‘Divinas Divas’, dirigido por Leandra Leal e ‘O Processo’, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional. Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; “Você Não Estava Aqui”, dirigido por Ken Loach, e premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021: ‘DRUK – Mais uma rodada’, de Thomas Vinterberg. Em 2021, a Vitrine Filmes apresenta mais novidades, começando a atuar diretamente na produção audiovisual e também na capacitação de profissionais, com o programa de formação Vitrine Lab. Entre as estreias deste ano estão a Sessão Vitrine edição especial de 10 anos com lançamento coletivo de quatro longas, entre eles “A Torre”, de Sérgio Borges, “Entre Nós, um Segredo”, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté, “Chão”, de Camila Freitas e “Desvio”, de Arthur Lins; o novo documentário sobre o impeachment da Dilma, “Alvorada”, de Anna Muylaert e Lô Politi; “First Cow”, da diretora Kelly Reichardt; “O Livro dos Prazeres”, de Marcela Lordy e muitos outros títulos. |
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira