Principal escritora brasileira viva, Lygia Fagundes Telles tem seu conto A Confissão de Leontina adaptado para os palcos. Protagonizado pelo ator Márcio Trinchinatto, com direção de Kleber Montanheiro, a peça faz temporada no Teatro Eva Herz até dia 29 de abril
A Confissão de Leontina é um conto no qual sua protagonista suplica por outra chance social. Faz uma retrospectiva de sua vida, de seus momentos de felicidade, de amores, das traições, dos instantes de solidão e das desilusões.
Reconhecendo-se mais uma habitante da grande cidade, sujeita às injustiças da vida, Leontina reconstitui o seu percurso, desde os tempos de infância em que vivia numa pacata povoação – Olho d’Água. Uma infância árdua e pobre que a obrigou a trabalhar desde pequena, mas mais feliz do que os tempos que se seguiram.
A autora busca, esteticamente, desnaturalizar o preconceito enraizado na sociedade, em que os mais fracos sofrem as consequências do dominador. Do início até o fim do conto ela faz súplicas, por isso que esse corpo se enquadra no conceito de Foucault de “corpo supliciado”.
Uma das grandes marcas da obra de Lygia Fagundes Telles está presente na peça, que é a sua preocupação com as questões políticas e sociais de seu país, e ouvir a dor de Leontina passa a ser metáfora da dor e da beleza de ser brasileiro. Imortal da Academia Brasileira de Letras, ganhadora do Prêmio Jabuti em 1973 e Prêmio Camões em 2005, Lygia Fagundes Telles foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura de 2016.
O diretor Kleber Montanheiro trabalha com poucos itens de cenário e adereço, porém todos se transformando e assumindo várias funções, brincando com o que “nada é o que parece realmente”.
Sobre a volta do espetáculo, Marcio Trinchinatto comenta: “Foram dois anos de espera para uma nova temporada. Neste enorme período de confinamento silencioso e obscuro, vivenciamos o horror que nos mata em forma de vírus, poder e desamor. Aquilo que era uma vontade tornou-se necessidade: a obrigação de dar voz à Leontina, personagem invisível que sintetiza a ilustração do brasileiro vivendo à margem da vida. Um brasileiro que quase não é gente, mas conveniência.”
Simultaneamente à estreia do espetáculo, o ator está lançando um livro infantil inédito. A MENINA QUE CONVERSAVA COM A ESTRELA, pela Editora Flamingo, com ilustrações de Victor Grizzo.
Ficha Técnica:
De: Lygia Fagundes Telles
Com: Marcio Trinchinatto
Direção e figurino
Kleber Montanheiro
Assistência de direção
Larissa Matheus
LuzRodrigo Oliveira
Fotos João Caldas
Cenotécnico: Evandro Carretero
Costureira :Euda Alves de Souza
Divulgação: Pombo Correio Assessoria de Imprensa
Serviço:
A CONFISSÃO DE LEONTINA
De Lygia Fagundes Telles
TEATRO EVA THERZ
Livraria Cultura – Conjunto Nacional
Avenida Paulista 2073 – Cerqueira César
Temporada: de 11 de março até 29 de abril
Sextas às 20h.
Ingressos: R$ 50,00
Duração: 75 minutos
- Meu cupido - 14 de novembro de 2024
- Chuva que acalma - 28 de outubro de 2024
- O amor que ficou - 10 de outubro de 2024
Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira