Mulheres são mesmo difíceis?
Mulheres são mesmo difíceis?
Quantas vezes você já ouviu essa frase?
Se você é mulher, ouve com frequência, deveria observar quem está dizendo isso pra você diariamente. Pois, com certeza, é alguém que não sabe se relacionar contigo, alguém que não merece sequer sua atenção e que, certamente, não poderá segurar sua mão quando a mudança hormonal lhe fizer pirar, quando seus nervos estiverem à flor da pele ao ponto de nem você mesma se suportar…
Para muitos homens, não generalizando, a mulher perfeita é aquela que vive facilmente, a do tipo Amélia, aquela que vai passar fome ao seu lado, aquela que não lhe cobra presença e nem atenção, aquela que estará sempre disposta quando o amorzão quiser carinho. Quantas Amélias estão por aí sozinhas porque o amorzão a quem elas tanto amam e respeitam, está de chamego com outra na balada, nas noitadas por aí.
Não deve ser fácil ser a mulher da música, aquela que não tinha a menor vaidade e que era denominada pelo compositor como “mulher de verdade”.
De fato, essa inspiração do cantor dizia respeito a uma mulher da qual ele sonhava possuir. Era assim o perfil de mulher de verdade que ele considerava perfeito.
Mas, com este texto, não quero subjugar a Amélia, porque, se ela existiu, com certeza ela era mulher de verdade! Assim como todas nós somos…
Somos inspiração para poetas, compositores, cantores e artistas plásticos, gráficos etc.
Digo isso porque todas somos mulheres de verdade, o problema é que, infelizmente, vivemos debaixo de um jugo machista e desumano que pensa que mulher nasceu apenas para submissão e para servir.
Mulher não é difícil não, meu amigo, difícil é você, que não sabe amá-la, que não sabe ser abraço que aconchega, que não sabe o momento de calar-se diante dela durante uma crise de ansiedade.
Difícil é você, que, mesmo notando o cansaço e a tristeza no semblante dela, continua exigindo aquilo que está ao seu alcance, simplesmente porque tem preguiça de desgrudar o traseiro do sofá.
Difícil é ela ter que dormir ao lado de alguém que está pouco se lixando quando ela perde uma noite de sono e a deixa ali, enfrentar seus dragões noturnos sozinha. Difícil é ela acordar de manhã e se sentir sozinha.
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira