A importância de ser feminista
A causa feminista tenta estabelecer direitos igualitários e proteção legal para as mulheres. Trata-se de constante tentativa de vencer a desigualdade histórica de gênero. Há muito ainda a ser conquistado, como a questão da violência contra a mulher, as diferenças salariais entre homens e mulheres, a exigência de determinados padrões de beleza, a educação diferenciada entre meninos e meninas, dentre outros fundamentais assuntos.
Já ouvi muitas mulheres dizerem que ‘não são feministas`. Ora, como podem? Foi por conta do movimento feminista que:
a) posso ir à escola e cursar até a pós-graduação;
b) posso ser escritora e publicar em diversos veículos;
c) posso trabalhar sem precisar de perm
ssão de marido ou de pai;
d) posso ir e vir sozinha;
e) posso dirigir veículos automotores;
f) posso votar e ser votada;
g) posso beber e ir a estádios de futebol ou a qualquer lugar que eu queira;
h) posso casar-me com quem quiser e me divorciar quando entender cabível;
i) posso ter a guarda (compartilhada ou não) de meus filhos;
j) posso portar ou possuir armas de fogo;
k) posso competir em dezenas de modalidades esportivas;
l) posso ser, a título de exemplos: policial, estivadora, mecânica, açougueira, árbitra de futebol, piloto de avião, caminhoneira, pedreira ou militar das Forças Armadas;
m) posso ter minha própria conta bancária e todos os serviços que me são disponibilizados;
n) posso optar por adotar ou não o nome de família de meu marido;
o) posso acessar delegacias de mulheres para um atendimento mais especializado;
p) posso ter um relacionamento com outra mulher;
q) posso ser dona de minha sexualidade e de meu corpo;
r) posso sentir-me segura, pois a importunação sexual feminina é considerada crime;
s) posso sentir-me respeitada, pois a violência contra a mulher passou a ser delito de iniciativa pública incondicionada;
t) posso participar de protestos e reivindicar direitos;
u) posso ter direito à herança;
v) posso comprar teste de gravidez sem autorização do marido;
w) posso adquirir empréstimos bancários;
x) posso contrair núpcias sem ser ´virgem` e não ter meu casamento anulado por essa razão;
y) posso sentir-me assegurada, pois existe uma lei própria que reconhece o feminicídio como crime;
z) posso escrever um texto com essa temática.
Sejamos todos feministas! Há muito, ainda, a ser conquistado para que homens e mulheres sejam iguais em direitos e deveres!
Patrícia Alvarenga
patydany@hotmail.com
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Natural do Rio de Janeiro/RJ, é escritora e poeta. Trabalha como Analista (área processual) do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro. É Bacharel em Letras (UFRJ) e Direito (Uerj), pós-graduada em Educação (UFRJ). Dra.h.c. e Pesquisadora em Literatura. É autora do livro de poemas ‘Tatuagens da Alma – Entre Versos e Reflexões’, editora AIL, publicado neste ano, que foi escolhido como semifinalista do concurso ‘Livro do Ano 2021’, pela Literarte (o resultado do certame ainda não foi divulgado até a presente data). Participou do projeto ‘Parede dos Imortais’, na Casa dos Poetas, em Petrópolis-RJ, através da Associação Internacional de Escritores e Artistas. É coautora de, aproximadamente, 25 coletâneas. Detentora de prêmios literários, títulos e comendas, é também Embaixadora da Paz da Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos – OMDDH.
Membra vitalícia de seis academias literárias: ACILBRAS, FEBACLA, AIML, AIL, ALSPA (fundadora) e AILAP (fundadora). É ativista cultural nas redes sociais e participa de inúmeros saraus literários. Redes sociais:
Instagram: @patriciapoeticamente. Facebook: Patrícia Alvarenga