Aprender História é brincadeira na EMEF. Cel. Esmédio
Aprender História pode ser uma atividade lúdica e interessante. Ao menos é assim com os alunos dos 7ºs anos da EMEF. Coronel Esmédio, em Porto Feliz (SP).
Aproveitando a temática desenvolvida durante o bimestre – Expansão Islâmica, Incas, Maias e Astecas – os alunos desenvolveram jogos de tabuleiros, cartas e RPG (Role-Playing Game ou Jogo de Interpretação de personagens), os quais foram apresentados, para avaliação, nos dias 8 e 9 de junho. Os jogos, além de possuírem a estética relacionada aos temas históricos, possuem regras que relembram as situações vividas no passado.
O projeto se desenvolveu numa parceria do professor de História Carlos Carvalho Cavalheiro com diversos parceiros da comunidade, tanto interna quanto externa à escola. O apoio da equipe Gestora, liderada pela diretora Ernides Martelini e vice-diretora Carine Dumont, além da coordenadora pedagógica Carolina Botignon foi o primeiro
passo para que a proposta pudesse criar vida.
Outro apoio essencial foi dado pelo bibliotecário José Eduardo Bertoncello que além de criar uma página na internet para comunicação entre a Biblioteca Municipal e os alunos, forneceu ainda toda a estrutura básica para a criação dos jogos, com a explicitação passo a passo de como deveria ser “construído” um jogo. A participação dos pais dos alunos também foi importante nesse processo todo, quer acompanhando os estudantes durante as orientações na Biblioteca Cesário Motta Junior, quer auxiliando em casa na realização da tarefa que envolveu pesquisa e a construção dos jogos.
A atividade foi realizada com sucesso e os jogos surpreenderam pela criatividade e envolvimento dos alunos. Por exemplo, um jogo de xadrez foi criado todo com motivação referenciada no Império Inca. Assim, em vez da tradicional peça do “cavalo”, esta foi substituída pela lhama, animal que vive na região andina, onde os incas habitavam. Do mesmo modo, o rei foi “convertido” no Imperador Inca e assim por diante. Os alunos moldaram as peças, uma a uma, em argila.
Outro jogo de tabuleiro e cartas que serve como exemplo foi um sobre a Expansão Islâmica, no qual os estudantes se restringiram a um fato histórico específico, a Batalha de Poitiers, ocorrida em 732, na qual Carlos Martel, liderando o exército franco, venceu os mouros que tentavam expandir seu império que já atingira a Península Ibérica. Utilizando-se de uma estratégia militar, Carlos Martel fez com que suas tropas permanecessem num local elevado e combateu a cavalaria dos muçulmanos apenas com infantaria, um dos raros casos na História. Os estudantes, assim, fizeram uma maquete do local de batalha, assentando o tabuleiro do jogo em cima dessa maquete.
Desse modo, de forma significatvia, os estudantes ficaram mais estimulados a pesquisar a História afim de construir os jogos.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.