O dia em que a Terra quase parou
Confesso que não estou entendo muito bem esse ano de 2023. Tudo bem que o ano está apenas começando, mas, que ‘tá sinistro’, isso está!
Sei que é comum vermos pessoas dizer que o ano só começa pra valer depois do carnaval, mas, esse 2023 está uma mistura de ‘começo com fim de mundo’ que não sabemos se já podemos levar a nossa vida adiante no meio de tanta loucura que sinto-me meia deslocada. E, por falar em ‘deslocada’, quem se deslocou essa semana foi o núcleo interno da Terra. Meu Deus, que susto! Eu soube pela internet que uma esfera do tamanho do planeta Plutão teria invertido o sentido de sua rotação. Imagino a NASA, os cientistas e todos os pesquisadores tentando entender aquele fenômeno e, pior, tendo que dar a notícia a todos, pois foi algo tipo: “O dia em que a Terra parou”, do Raul Seixas, sabe? Lembrei da música e ela cabe direitinho o que estamos vivendo com ou sem eixo da Terra. Poderia também ser :”O dia em que a Terra quase parou”.
Nosso próprio dia a dia já está de ponta cabeça mesmo. O que é a Terra girando um pouquinho ao contrário, não é mesmo?
O que eu sei é que mesmo os cientistas, tentando acalmar as pessoas, dizendo que isso é natural ou quase natural e ( convenhamos, o Planeta mudar a sua rotação não é normal ) e que isso acontece de sete em sete anos eu não me lembro ter um clima tão diferente no mundo inteiro antes, não. É como se não existisse mais as quatro estações, por exemplo. Aquelas que a gente estudava no colégio e adorava pintar. Primavera, cheia de florzinhas e passarinhos, verão, sol e mar com muito calor, outono, com seu ventinho frio e folhas secas forrando o chão e inverno com muito frio, tempo cinza e garoa incessante.
Hoje está tudo mudado, e não sabemos que roupa usar ao sair de casa, se para calor ou frio. Geralmente eu saio vestida de cebola: Vou com casaco grosso, blusa por baixo e uma regatinha leve. Vou tirando uma a uma no decorrer do dia e assim vou sobrevivendo.
Realmente, o homem maltratou demais nosso Planeta, e hoje vemos o resultado desse desgaste. Percebemos o quanto somos frágeis e pequenos diante disso tudo e, que existe sim, algo muito maior e que nem mesmo os cientistas conseguem decifrar. Quem garante que a Terra sofrerá só esse deslocamento de rotação e que não acontecerá mais vezes e não de sete em sete anos como disseram? Quem poderá prever isso? Pois, as coisas estão caminhando em um ritmo absurdo e aumentou a quantidade de pessoas que dizem a mesma coisa: que os dias parecem estar mais curtos. Essa frase é clichê, mas é verdadeira! Deus quer nos dizer algo: Para que nos apressamos.
É isso o que eu entendi essa semana com essa notícia da Terra. Somos tão pequenos diante da grandeza de Deus que achamos mais fácil descobrir ou o inventar respostas prontas para o que vem ocorrendo, quando na verdade todas as catástrofes, desgastes naturais, núcleo interno da Terra que quase parou, nada mais é do que mais um aviso de Deus para nos desapegarmos. Seja do egoísmo, das mágoas, do ódio, da ira…Olhar ao nosso redor e prestar atenção naquilo que realmente interessa e tem importância em nossa vida: família, amigos, alguém necessitado, um animal de rua…Fazendo isso eu começo a entender esse ano de 2023, que ter mais consciência e cuidar do planeta é cuidar de mim e do meu próximo.
Andreia Caires
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024