“Chamo Servidão à impotência do ser humano para governar ou restringir (às suas) emoções.” (Espinosa)
SERVIDÃO HUMANA
Quais os limites da paixão?
Embora a história de Servidão Humana seja principalmente conhecida pela relação masoquista do casal principal, vide as adaptações cinematográficas e mesmo as adaptações teatrais, a verdade é que a intenção de Sommerset Maugham foi escrever um romance filosófico. O próprio título veio da Ética de Espinoza. Fortemente influenciado por Maupassant, Zola, Flaubert, Maugham quis lançar um alerta para todos aqueles que se deixam enredar pela armadilha de uma visão romântica da existência, baseando-se nas palavras do próprio Espinosa: “ Chamo Servidão à impotência do ser humano para governar ou restringir (às suas) emoções.”
Nesta adaptação o foco também são as relações amorosas e a dificuldade que as personagens têm de manter o controle sobre esses sentimentos.
Alberto ama Miriam, ou pensa ama-la, ela ama, ou pensa amar a todos, menos ele. Uma ciranda trágica da qual eles não possuem o menor controle e que os arrasta para um fatídico desfecho.
A adaptação de Mario Persico se fundamenta na tese de Étienne de La Boétie e seu discurso da Servidão Voluntária, como forma para se entender como algumas pessoas se submetem a tanto sofrimento em nome do amor, em nome de uma paixão que só os arrasta à ruína.
A Cia Clássica realizou na década de 80 uma primeira adaptação com Mario Persico no personagem central. Se chamava “Tangos” e cumpriu longa temporada na cidade.
Fazem parte da montagem atual, sob a direção de Mario Persico, os atores Tiske Reis (Alberto), Giovana Tegani (Miriam), Valéria Nastri (Enfermeira) e Pedro Sales (Guilherme).
Serviço:
Espetáculo: Servidão Humana
Local: Teatro Escola Mario Persico
Endereço: Rua da Penha, 823
Data: 13/05/2023
Horário: 20h00
Ingressos: R$ 20,00 (Preço Único)
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024