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Celso Ricardo de Almeida entrevista o Editor-Geral do ROL, Sergio Diniz

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“Acredito que a importância do ROL é evidente. Afinal de contas, começou como um jornal regional, caminhou alcançando todo o Brasil, possibilitando a visibilidade de muitos escritores e artistas; premia os agentes culturais que se destacam perante a opinião pública e, atualmente, é um agente agregador de literatos de várias partes do mundo”.

Durante a entrevista, conduzida por Celso Ricardo de Almeida, que teve oportunidade de conversar com Sergio Diniz, Editor-Geral do Jornal Cultural Rol, que, recentemente, celebrou seu 29º aniversário. Durante a conversa, foi abordado diversos tópicos fascinantes, com destaque para o website do jornal e a rica experiência de Sergio como Editor-Geral.

Sergio Diniz compartilhou entusiasmado os detalhes sobre o website do Jornal Cultural Rol, ressaltando como a plataforma tem sido uma ferramenta crucial para conectar os leitores com conteúdo culturais relevantes ao longo desses 29 anos de existência. Ele explicou como o site foi projetado para oferecer uma experiência dinâmica e envolvente, com recursos interativos, atualizações constantes e uma ampla gama de seções que cobrem tudo sobre a cultura. Além disso, Sergio mencionou o compromisso contínuo em adaptar o website às demandas e preferências dos leitores, buscando sempre manter-se atualizado com as últimas tendências tecnológicas. Ao explorarmos sua trajetória como Editor-Geral, Sergio compartilhou sua paixão pelo jornalismo cultural e sua dedicação em promover a diversidade e a inclusão no meio. Ele discorreu sobre os desafios e conquistas ao longo desses anos, destacando a importância de uma equipe comprometida e de parcerias sólidas com artistas e organizações culturais. Enfatizou a relevância de oferecer um espaço para vozes diversas e apoiar talentos emergentes, fortalecendo, assim, o cenário cultural em nossa sociedade. Gostou? Então vamos à entrevista!

 O QUE VOCÊ ACREDITA QUE FEZ DO JORNAL CULTURAL ROL, QUE VOCÊ EDITA, UM SUCESSO?

Acho que foi a continuidade do ‘comprometimento com a cultura’ que norteou a fundação do jornal há 29 anos, e do trabalho gratuito de disseminação da cultura. Graças a isso, o ROL acabou sendo uma porta aberta à visibilidade de escritores, poetas e artistas, não apenas para os falantes da língua portuguesa (temos leitores em quase todos os países lusófonos) como também os do idioma espanhol. Essa sintonia entre quem escreve e quem lê levou o ROL – particularmente nos últimos anos – a se internacionalizar e torna-se o mais importante jornal cultural em língua portuguesa, o que se confirma pela grande participação no Prêmio Melhores do Ano na Área Cultural, uma enquete onde os internautas indicam e, em seguida, votam nas pessoas e entidades que se destacaram no seu fazer cultural. O ROL conta com um quadro atual de 63 colaboradores, de 15 estados brasileiros e de 4 países (Angola, Portugal, Itália e Equador).

  1. COMO VOCÊ ABORDA A SELEÇÃO DE TRABALHOS PARA A EDIÇÃO DO JORNAL?

Como a demanda é muito grande, eu conto com o apoio de duas Editoras Setoriais, que me ajudam na seleção do que deve ou não ser publicado, função essa a cargo da Verônica Moreira (Caratinga/MG), Editora Setorial de Eventos e da Cláudia Lundgren (Teresópolis/RJ), Editora Setorial de Poesias. O critério de seleção, no tocante a eventos culturais é que sejam oferecidos ao público gratuitamente, ou a preços módicos. Quanto aos textos dos colunistas, estes têm absoluta liberdade para escolha dos temas, desde que tenham fundamentação na cultura e se a redação condiz com as normas da língua portuguesa.

  1. Qual é a sua abordagem para lidar com notícias controversas ou sensíveis?

As colaborações que nos são enviadas geralmente são associadas à literatura e as artes em geral, como lançamentos de livros, espetáculos teatrais e eventos musicais, não refletindo, portanto, fatos sociais de impacto emocional negativo.

  1. COMO VOCÊ ACREDITA QUE A AS MÍDIAS SOCIAIS IMPACTARAM NO PAPEL DO JORNAL CULTURAL ROL?

As principais mídias sociais no posicionamento brasileiro (WhatsApp, YouTube, Instagram e Facebook) são verdadeiras ‘arautas’ da cultura. Um fato cultural, tão logo surja, é imediatamente propagado, atingindo um público que, antes da internet, sequer se imaginava. Desta forma, em elas sendo utilizadas pelos próprios colaboradores do ROL, ajudam o jornal a ser tornar cada vez mais globalizado.

  1. QUAL É A SUA OPINIÃO SOBRE O FUTURO DOS JORNAIS IMPRESSOS?

O mundo de hoje é um mundo digitalizado por excelência, fenômeno tecnológico que reflete os fatos de forma imediata, em tempo real. No tempo em que eu advogava, para saber em que pé estava um processo era necessário a ida ao fórum. Atualmente é acessado pela internet, em todas as instâncias. Em relação ao jornal impresso, acredito que chegará um momento de sua extinção.

  1. QUAIS SÃO AS HABILIDADES MAIS IMPORTANTES QUE UM EDITOR DEVE TER?

Penso que são de duas ordens: técnica e pessoal. Tecnicamente o editor tem de dominar as regras da língua pátria, uma vez que um jornal é uma mídia de confiança para os leitores e, assim sendo, é imprescindível que os textos veiculados reflitam essa qualidade textual. No ROL, sempre observamos ser necessária que a comunicação transmita a cada um o respeito ao trabalho realizado, bem como o incentivo, até mesmo no sentido de suprir eventual dificuldade de redação.

  1. COMO VOCÊ ESCOLHE OS COLUNISTAS E COLABORADORES DO JORNAL?

Os colunistas chegam ao ROL a convite de outros colunistas e a meu convite. Ou, eventualmente, do Helio Rubens, também editor, que me ajuda a editar o jornal, assim como eu o ajudo na edição do Internet Jornal.

  1. QUAIS FORAM OS MAIORES DESAFIOS QUE VOCÊ ENFRENTOU COMO EDITOR DO JORNAL CULTURAL ROL? E COMO VOCÊ LIDOU COM ESSES DESAFIOS?

Basicamente, foram três. O primeiro foi aceitar o convite do Editor-Mor e ‘Pai do ROL’, Helio Rubens, para ser o segundo editor. Isso se deu em março de 2017, após um ano em que eu era apenas colunista. O segundo foi aprender a arte do Jornalismo (que ainda estou aprendendo), escrevendo textos que se destacam pela objetividade. Como escritor e poeta, meus textos eram cheios de adjetivos e figuras de linguagem. O terceiro foi dominar a parte prática das publicações. Para você ter uma ideia, os primeiros passos aprendi pessoalmente com o Helio Rubens, anotando à caneta em duas folhas de papel. Com o tempo, e pegando os macetes, o roteiro, digitado, tem 7 páginas!

  1. QUAL É O MAIOR ERRO QUE VOCÊ ACREDITA QUE OS JORNAIS POSSAM COMETER?

Se você pensar num jornal que divulga notícias em geral, é ser um divulgador e alimentador das famosas fake News (no ROL costumamos ‘aportuguesar’ as palavras estrangeiras, no caso, as feiquenius).

  1. COMO VOCÊ EQUILIBRA A NECESSIDADE DE RELATAR AS NOTÍCIAS COM A RESPONSABILIDADE DE PROTEGER A PRIVACIDADE DOS INDIVÍDUOS?

Ao contrário dos jornais citados acima, o ROL apenas divulga textos de cunho cultural, cuja responsabilidade pelo conteúdo normalmente não envolve esse caso.

  1. QUAL É A IMPORTÂNCIA DO JORNAL CULTURAL ROL?

Acredito que a importância do ROL é evidente. Afinal de contas, começou como um jornal regional, caminhou alcançando todo o Brasil, possibilitando a visibilidade de muitos escritores e artistas; premia os agentes culturais que se destacam perante a opinião pública e, atualmente, é um agente agregador de literatos de várias partes do mundo.

  1. QUAIS SÃO SEUS PLANOS PARA O FUTURO DO JORNAL CULTURAL ROL?

Neste momento o ROL está passando por um processo de migração de provedor, fato que, após seu implemento, possibilitará sua modernização e inserção de novos recursos técnicos.

Celso Ricardo Almeida

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