Ivete Rosa de Sousa: Poema ‘Sem rumo’
Para aonde caminhas oh! humanidade?
Passados tantos séculos, de dores e tropeços
Por que és tão imatura, e a tua insanidade
Encerra os teus anseios e recomeços?
Ainda és ingênua acreditando no futuro?
Causando guerras, vivendo no escuro
Anunciando a destruição, derrota dos tolos
És apenas corpo e mente, tão somente
Infelizes almas, que não reconhecem o presente
Que é a vida que habita dentro de ti.
Onde está o amor, a união, a esperança?
O doce idílio dos sonhos e conquistas?
Se andas a flanar, incorrigível na ignorância
Na derrocada final de tua existência.
Procuras em atos violentos tua glória?
Com ingratidão, levas ao exílio concórdia
O que esperas que aconteça no amanhã?
Aonde não mais existir vida neste planeta
Letal futuro sem esperança
Queres existir?
Desarmas teus anseios, curas as feridas
Encontra em teu seio o entendimento
Mostra as flores, esquece o tormento
De ser dependente da ganância
Leva o amor, o respeito verdadeiro
Aos teus iguais, encontrando a paz.
Ivete Rosa de Souza
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Natural de Santo André (SP) e ex-policial militar, é uma devoradora de livros. Por ser leitora voraz, para ela, escrever é um ato natural, tendo desenvolvido o hábito da escrita desde menina, uma vez que a família a incentivava e os livros eram o seu presente preferido. Leu, praticamente, todos os autores clássicos brasileiros. Na escola, incentivada por professores, participou de vários concursos, sendo premiada – com todos os volumes de Enciclopédia Barsa – por poesias sobre a Independência do Brasil e a Apollo 11. E chegou, inclusive, a participar de peças escolares ajudando na construção de textos. Na fase adulta, seus primeiros trabalhos foram participações em antologias de contos, pela Editora Constelação. Posteriormente, começou a escrever na plataforma online Sweek a qual promovia concursos de mini contos com temas variados, sendo que em alguns deles ficou entre os dez melhores selecionados, o que a levou à publicação do primeiro livro, Coração Adormecido (poesias), pela Editora Alarde (SP). Em 2022, lançou Ainda dá Tempo, o segundo livro de poesias, pela mesma editora.