Francisco Evandro de Oliveira:
‘A José Martiniano de Alencar’
José de Alencar, escritor que está entre os maiores expoentes da nossa Literatura Brasileira, na atualidade é pouco citado nos meios acadêmicos, no entanto, em qualquer lista de grandes nomes de escritores brasileiros que se possa vir a ser feita, ele estará sempre entre os dez melhores. Citando Augusto Meyer, que nos disse:
“Bastaria Iracema para consagrá-lo o maior criador da prosa romântica, na língua portuguesa. Mas além disso, lá na Câmara escura da nossa íntima devoção, onde começa o cinema interior. José de Alencar soube esboçar a largo traço um grandioso afresco, que não se encontra paralelo na ficção americana”.
José de Alencar desde muito jovem tornou-se famoso com suas pérolas: Iracema, O Guarani, Ubirajara, As Minas de Prata, O Ermitão da Glória, Guerra dos Mascates, Cinco minutos, A Viuvinha, Lucíola Diva, Senhora, A Pata da Gazela e tantos outros livros que produziu para o deleite da sociedade do segundo reinado.
Antes de ser nomeado Senador da República, o Imperador Dom Pedro II o considerava muito jovem para nomeá-lo Senador e ele disse na festa da nomeação do indicado: ”Vossa Majestade deveria ter rasgado a bula que o nomeou imperador”, já que o Imperador foi sagrado aos 14 anos e essa frase o colocou em rota de colisão com Dom Pedro II; no entanto ele soube reconhecer a grandeza de José de Alencar e em outra oportunidade o nomeou Senador da Republica.
Para os cearenses, Alencar foi a voz do Ceará que fazia ecoar no centro da capital do reinado, e até hoje, na cidade de Messejana-CE, Alencar comunicava as paixões da nossas gente e das nossas coisas do dia a dia, um autor profundamente voltado para as mazelas nacionais.
Um exímio romancista que nos deixa saudades de sua grandeza deixado externado em sua última frase na última página do livro Iracema: ”E tudo passa sobre a Terra”.
José de Alencar será sempre um exemplo a ser seguido pelos atuais escritores que representam a modernidade de nossa Literatura e a ele devemos tirar o chapéu para reverenciá-lo.
Francisco Evandro de Oliveira
Contatos com o autor
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Natural do Rio de Janeiro (RJ), é escritor e poeta, se apresentando sob o pseudônimo Farick; membro de várias academias nacionais e três internacionais e membro fundador da Academia Luminescente de Letra de Paris-França; vencedor de diversos certames literário nacionais e internacionais e foi agraciado com diversas comendas nacionais e internacionais. É autor de 24 livros, dentre os quais: Momentos Poéticos (2001), Reflexões do Amanhã (2002); A Voz do Coração (2004); O Galo de Bombaim (2008); O Pavão Ioe Queria Ser rei (infantojuvenil) e O ganso era verde (infantil), ambos de 2020. E tem mais 34 títulos para publicações vindouras. Em 2016 recebeu o Prêmio Destaque Brasil, em Taubaté. E no mesmo ano, a Medalha Luiz Vaz de Camões, pela Editora Mágico de Oz, por ter sido considerado um dos melhores escritores da língua portuguesa de 2015. Em 2017 foi agraciado pela OMDDH com vários títulos, dentre os quais: Embaixador da Paz, Prêmio Machado de Assis, Doutor Honoris Causa em Direitos Humanos e a Medalha Ruy Barbosa. No mesmo ano, recebeu a Comenda Pablo Neruda, em Santiago do Chile, por ser destaque na cultura nacional literária. Em 2020 recebeu troféu da Editora Mágico de Oz por ter sido considerado um dos 100 melhor poetas e contistas de 2019.