Ceiça Rocha Cruz: ‘O poeta da morte’
(À memória de Augusto dos Anjos)
A tarde agonizou…
na penumbra do poente,
o grande precursor da poesia,
ao versejar ‘versos íntimos,’
seu célebre poema,
enfocou a destruição de sonhos e ideais.
Desse modo,
ao debruçar-se no portal do tempo,
o poeta pré-modernista,
luminar da literatura brasileira
também versou com eterna mágoa,
raízes do simbolismo,
com temas mórbidos e sombrios.
Assim, retratava o gosto pela morte,
a angústia, pessimismo, ceticismo,
e em relação às viabilidades do amor,
o egoísmo e a volúpia,
foi apelidado de “Doutor Tristeza”.
Entretanto, em sua plenitude,
o mestre e gênio literata paraibano,
persistente em seu poetizar,
redigiu versando com destreza,
as inovações temáticas
e de múltiplos estilos.
Então, na quietude sombria,
o ‘Poeta da morte’, como era chamado,
deleitou-se em sua poética,
obcecado pelo tema morte
expressou a morbidez do homem
e a incapacidade de enfrentar o destino.
Enfim, diante dos sussurros poéticos,
despojaram seus versejos,
encravando na história literária
seu legado incomensurável,
afinal, a magnitude de sua obra, “Eu”
eternizou-se!
Ceiça Rocha Cruz
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Maria da Conceição Rocha Cruz, conhecida no meio literário como Ceiça Rocha Cruz, é poetisa e escritora de Penedo/AL, funcionária pública federal/MS aposentada. Bacharela graduada em Serviço Social/UNIT Aracaju/SE. Escreve poesias desde 1999. Seu maior ideal é fazer dos sonhos o encanto. Acadêmica e comendadora Ativista da Cultura Nacional da FEBACLA. Embaixadora Imortal da Paz, comendadora da Real Ordem da Águia Dourada de Blekinge e Dra. h. c. em Direitos Humanos e Literatura da OMDDH. Acadêmica da AILAP, AIAP, AILB-FOCUS-Brasil, APLACC, AML, AMBA, AHBLA, AIEB, AICLAB e AINTE. Detentora de honrarias, prêmios e títulos. Coautora em 65 antologias poéticas. Livros solos publicados: No Silêncio da Noite, Caminho das Águas e Poemas Sob um Sol Poente.