Aquarela rochosa
No silêncio da tarde, na cidade rochosa, ao rumor da brisa fria, às margens do rio Velho Chico, suntuosos coqueirais sorriem. Na sombra, o balanço da rede…
No silêncio da tarde, na cidade rochosa, ao rumor da brisa fria, às margens do rio Velho Chico, suntuosos coqueirais sorriem. Na sombra, o balanço da rede…
Cai a tarde, e aos olhos despojados do ocaso, um quadro desvela uma discreta ponte em arcos, a névoa no cume das montanhas, e um rio em seu entorno vagueia…
Bela a tarde de um Sol que finge não querer se pôr. Canto o tempo que existe, a vida que se vai, a arte de amar e de poeta ser. De ser um poeta.
No silêncio do entardecer a vida passava. Percursos íngremes, trajetos sinuosos, ora longos, ora curtos, cheios de dor, de solidão, de saudades.
Na tarde que fenece, no macio azul do rio, navega feliz, desliza ligeiro, vai além de águas afora, um barquinho. Abre as pálpebras do entardecer…
Na tarde fria a chuva fina de mansinho. Dos seus dedos pálidos, uma canção, o palpite sonoro. Nos caminhos desolados, a brisa suave, céu escuro nuvens…
No coração do tempo um olhar vago, meus olhos buscaram os teus, mergulhando fundo neste olhar. Apaixonei-me, colori todo o firmamento com este amor.