Se Galileu desacreditou a teoria aristotélica-ptolomaica do geocentrismo, Francis Bacon também tentou superar a Lógica de Aristóteles. Francis Bacon (1561-1626) Barão de Verulam, Visconde de St. Albans. Pretendeu com sua obra Novum Organon igualar e superar o próprio Organon de Aristóteles onde o filósofo grego trata da lógica. Pois bem, confirmando essa notícia temos então a matéria encontrada na encicl. Universo/73 vol. II, pg. 569 que assim se refere ao assunto: ” Bacon marca o início de uma era nova na história da filosofia. Quis promover uma lógica suscetível de satisfazer às exigências da ciência moderna, cujo objetivo é a eficiência, não mais o puro conhecimento. A antiga lógica servia para vencer os adversários no curso de discussões intermináveis; mas, se o homem quer descobrir a natureza, dominá-la e arrancar-lhe segredos sempre novos, tem de rejeitar o silogismo estéril e substituí-lo por um método experimental.” A palavra silogismo está ligada ao verbo grego raciocinar; silogismo é a consequência da comparação de duas premissas: a maior e a menor. Nesta altura do campeonato podemos dizer que talvez uma das obras de Aristóteles ainda não questionada é sua Ética a Nocômaco onde ele nos aconselha a procurarmos a mediania, ou seja, o meio termo entre dois vícios, entre a falta e o excesso. Repitamos aqui então uma interessante comparação: a bravura é portanto, um meio termo entre o medo e a temeridade. Aristóteles continua atual quando afirma que Deus é o primeiro motor imóvel e quando defende o liberalismo econômico.
José Coutinho de Oliveira
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.