SPCine é lançada em São Paulo
O setor audiovisual da cidade de São Paulo, incluindo cinema, TV, games e conteúdos audiovisuais para web, ganhou uma parceria de peso no desenvolvimento de suas atividades. Nesta quarta-feira 28, foi lançada a SPCine – Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, esteve no lançamento da SPCine que foi concebida e planejada durante sua gestão como secretário de Cultura da cidade de São Paulo. Para o ministro, “é uma empresa porosa e aberta para os produtores culturais. O que fizemos na SPCine e na Secretaria de Cultura de São Paulo como um todo foi fruto de diálogo amplo”.
A empresa atua como um escritório de desenvolvimento, financiamento e implementação de programas e políticas para o setor audiovisual. Nasce com o objetivo de reconhecer e estimular o potencial econômico e criativo do audiovisual paulista e seu impacto em âmbito cultural e social.
A SPCine é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da ANCINE (Agência Nacional do Cinema). A gestão e os investimentos compartilhados entre as três esferas de governo é um de seus diferenciais.
Estiveram no lançamento, ao lado do ministro Juca Ferreira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; o presidente da Ancine, Manoel Rangel; o secretário nomeado de Cultura do município, Nabil Bonduki, o secretário interino de Cultura do município, Guilherme Varella; e Alfredo Manevy que foi apresentado, nesta noite, como diretor-presidente da SPCine.
Atuação
Entre seus eixos de atuação estão inovação, criatividade e acesso; desenvolvimento econômico; e integração e internacionalização.
Durante a cerimônia foram apresentadas, também, as áreas de atuação da empresa: a SP Film Comission será o escritório que viabilizará as filmagens na cidade de São Paulo; o Circuito SP vai buscar levar a experiência do cinema a todas as regiões da capital paulista; a LEIA – Laboratório de Inovação e Experimentação Audiovisual buscará criar um ambiente propício a co-criação e ao desenvolvimento de novas ferramentas, produtos, soluções e modelos de negócio para o setor audiovisual; e a SP Bits será o conjunto de programas e ações para o mercado de games e cultura digital, vai estimular a produção nacional de jogos eletrônicos, incentivando o debate e implementando linhas de financiamento específica para impulsionar o desenvolvimento criativo e econômico da área.
O audiovisual na próxima gestão
Juca Ferreira falou sobre alguns passos que sua gestão no MinC deve dar em relação ao setor audiovisual. O ministro afirmou que já escolheu o secretário do Audiovisual de sua gestão, mas não adiantou o nome. O mesmo para a gestão do Centro Técnico Audiovisual (CTAv).
A Cinemateca Brasileira também foi tema da fala de Juca Ferreira: “estou empenhado, como prioridade absoluta do Ministério, em recuperar a credibilidade da Cinemateca que tem um papel importante no audiovisual brasileiro. Investimos R$ 105 milhões na Cinemateca [durante sua primeira gestão à frente do MinC]. Fizemos a Cinemateca brasileira ser a quinta melhor do mundo. Compramos equipamentos de primeira. A Cinemateca tem cumprido sua função. Obras importantíssimas do cinema brasileiro foram recuperadas”.
Alguns objetivos da nova gestão também foram traçados: “o Estado tem uma responsabilidade na regulação e no fomento ao audiovisual, mas precisamos ampliar a rede de cinemas e expandir a formação, a rede de técnicos. O arranjo produtivo de cinema pode se desenvolver para que tenhamos uma complexidade em que todos ganham, a exemplo de outros países”, explicou o ministro.
Tom de despedida
Em diversos momentos, a fala de Juca Ferreira teve um tom de despedida da Secretaria de Cultura de São Paulo, onde esteve nos dois últimos anos. Ao agradecer a acolhida em seu período na cidade Juca disse: “estou saindo da prefeitura, indo para o Ministério, mas é a mesma batalha, a mesma luta pela construção de um país com uma estrutura cultural forte com direito de acesso de todos os brasileiros e o fortalecimento de uma economia cultural”.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.