Resenha do livro ‘Novo Mundo – A face sombria da paz’, de Li Ferreira, pela Editora Uiclap
RESENHA
Em um cenário apocalíptico, de repente, a pequena cidade de Arujá se vê isolada, sem possibilidade de entrada ou saída.
O caos toma conta e, no meio da tragédia, Fernanda, uma mulher comum, se vê obrigada a lutar pela sobrevivência, enquanto cuida de três crianças, sem saber o que o amanhã pode trazer.
Esta narrativa envolvente mergulha no limite das emoções humanas, explorando o quanto somos capazes de suportar e realizar quando a única coisa que nos resta é a esperança.
A trama nos leva a refletir sobre o poder da resiliência e a força interior que muitas vezes nem sabemos que possuímos.
A história de Fernanda é uma verdadeira lição de coragem, mostrando como, mesmo nas piores circunstâncias, o espírito humano pode se renovar e se fortalecer.
Uma leitura que, sem dúvida, vai emocionar e fazer o leitor repensar suas próprias capacidades diante da adversidade.
Incrível!
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SINOPSE
Novo Mundo, um lugar carinhosamente planejado para oferecer aos seus queridos moradores uma vida livre de corrupção, violência, desigualdade social e financeira.
Um lugar que te proporcionará saúde de qualidade e excelência na educação”.
Foi essa a proposta do Comando quando fechou Arujá e matou grande parte da população.
Fiquei por dias esperando meu marido vir resgatar a mim, nossos filhos e nossos cachorros.
Mas quando percebi que esse dia talvez nunca fosse chegar; quando percebi que ele poderia nem estar vivo e sem saber quanto tempo tínhamos até a próxima chacina, decidi que continuar vivendo sob a opressão do Comando não é uma opção pra nós.
Eu ainda não sei como e nem quanto tempo vai demorar, mas, tirar minha família deste inferno se tornou minha prioridade.
SOBRE O LIVRO
Até hoje, a autora de Novo Mundo – A Face Sombria da Paz se questiona sobre o ponto de partida de sua criação, mas a resposta ainda parece distante.
O que a motivou, inicialmente, foi uma vontade imensa de escrever algo.
Apaixonada por filmes e séries, sua mente nunca parava de criar histórias baseadas nas tramas que assistia.
A ideia de uma história distópica, com uma protagonista forte e guerreira, surgiu naturalmente.
E para tornar essa narrativa ainda mais pessoal, escolheu Arujá, sua cidade natal, como o cenário principal, embora tenha incorporado locais fictícios ao longo da trama.
Embora a inspiração inicial tenha vindo da série O Conto da Aia, o projeto logo tomou um rumo próprio. Novo Mundo foi se afastando da influência da série e criando uma identidade única, tanto em sua história quanto nos personagens.
Durante esse processo, um incentivo fundamental veio de seu irmão, o que a impulsionou a tomar a coragem necessária para publicar seu livro.
A obra é contada em primeira pessoa por Fernanda, uma mulher comum, trabalhadora, esposa, mãe, amiga e dona de casa. Ela narra, em tempo real, os eventos de um golpe militar que atinge sua cidade.
Quando Arujá é invadida por militares autointitulados “Comando”, que oferecem uma oportunidade para os moradores que desejam sair antes do início de um toque de recolher, a cidade mergulha no caos.
Diante da iminente ameaça, Fernanda tem um único objetivo: tirar sua família da cidade.
Mas, com todas as rotas congestionadas e tomadas pelo desespero, ela retorna para sua casa com seus filhos e sua sobrinha minutos antes de o toque de recolher ser implementado.
Enquanto os moradores tentam processar o que está acontecendo, a promessa de um “Novo Mundo” de paz e igualdade se transforma em um pesadelo quando uma chacina aberta é perpetrada diante dos olhos de todos.
Sem saber o paradeiro do marido e com o peso de cuidar sozinha de seus filhos e sobrinha, Fernanda se vê encurralada.
Com a cidade tomada por um regime opressor e a sensação de que ninguém viria em seu socorro, ela toma uma decisão: se não for ela mesma a resgatar sua família, ninguém mais o fará.
Agora, sem saber exatamente como, mas determinada a salvar seus entes queridos, Fernanda se prepara para enfrentar uma luta implacável.
Ela não medirá esforços para garantir a segurança de sua família, e sua jornada de coragem e superação está apenas começando.
Novo Mundo – A Face Sombria da Paz é mais do que uma história distópica; é uma reflexão sobre o poder da resiliência humana em tempos de adversidade.
SOBRE A AUTORA
Com 38 anos e moradora de Arujá desde o nascimento, Li Ferreira, autora de Novo Mundo – A Face Sombria da Paz é um exemplo de dedicação e perseverança.
Com uma carreira de 18 anos no setor administrativo de uma mesma empresa, ela equilibrava sua rotina de trabalho com a vida pessoal.
Casada há 21 anos, mãe de dois filhos e tutora de dois huskys, sua vida sempre foi marcada pela convivência familiar e pela rotina intensa.
Recentemente, ela e o marido decidiram se aventurar em um novo ramo de negócios e adquiriram uma loja de distribuição de chaves e ferramentas no centro de São Paulo.
Enquanto seu marido é responsável pelo setor comercial, ela cuida da parte administrativa e financeira do empreendimento.
Mesmo com a agenda lotada e os desafios diários de conciliar a vida profissional e pessoal, ela sempre se empenha para dar o seu melhor em tudo o que faz.
Foi nesse cenário agitado que, contra todas as dificuldades, ela encontrou tempo e força para concluir Novo Mundo – A Face Sombria da Paz, seu primeiro livro.
Sua história é um testemunho de como, mesmo em meio ao caos da vida cotidiana, é possível encontrar a determinação necessária para realizar grandes feitos.
OBRA DA AUTORA
ONDE ENCONTRAR
Resenhas da colunista Lee Oliveira
- Giovani Miguez - 23 de dezembro de 2024
- ‘Êh, Lena!’, de Ricardo Costa Deotti - 23 de dezembro de 2024
- Novo mundo – A face sombria da paz - 23 de dezembro de 2024
Lílian Oliveira Henriques, mais conhecida no meio lítero-cultural como Lee Oliveira, é Tecnóloga em Processos Gerenciais, artesã, poetisa e bookstagram, forma de consumo do objeto livro a partir da comunidade literária da rede social Instagram. Proprietária do Instagram @o.que.li, onde escreve resenhas de livros de autores nacionais e/ou independentes, dando luz a essas obras tão importantes para Literatura Brasileira e que, às vezes, não são valorizadas. Acadêmica da FEBACLA, onde ocupa a cadeira 242, tendo por patrona Elizabeth II, entidade pela qual foi
agraciada com as seguintes medalhas: – Medalha de Mérito Acadêmico
– Medalha Mérito Mulher Virtuosa – Medalha alusiva a 10 anos da FEBACLA – Acadêmica Internacional – Medalha Tributo a Chiquinha Gonzaga
– Destaque Cultural Febacliano 2022 – Comenda Sete Maravilhas do Mundo Moderno. É coautora das antologias ‘Um brinde de Natal’ e ‘Rimas, Versos e Bardos’.