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Natal com dificuldades atípicas

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘Natal com dificuldades atípicas’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Crédito da imagem: Diamantino Bártolo

Ano após ano, Natal após Natal, a denominada ‘Festa da Família‘ repete-se ao longo dos tempos: com rituais idênticos; votos de esperança em melhores dias; alegrias que se reiteram; nostalgias que se agudizam; ofertas que se trocam; brindes que se renovam; tudo isto, e muito mais, para que o Natal seja, de facto, a festa da união, da paz, da concórdia.

Abordar o Natal numa perspectiva positiva, nos tempos relativamente remotos, (2013) não era tarefa fácil, considerando as dificuldades que atingiram todas as pessoas em geral, mas, particularmente, as mais desfavorecidas: económica, financeira e etariamente, sem ignorar, obviamente, aquelas que sofrem dos diversos tipos de exclusão: social, laboral, educacional, habitacional, climática, entre outras, porque, ao contrário do que estabelece a Lei Fundamental Portuguesa: «1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a Lei» (C.R.P., 2004: Artº 13º nº 1), na verdade tudo indica que, realmente, não temos a mesma dignidade enquanto pessoas humanas, sujeitas a deveres e a direitos.

O Natal, apesar da crise em que estivemos mergulhados, pode, e deve ser assumido como uma data referencial, agora mais do que nunca, para pensarmos, com muita esperança, num futuro bem melhor para todas as pessoas, independentemente de estatutos, condição socioprofissional, política, cultural, religiosa, ou de qualquer outra natureza, porque o direito a uma melhor qualidade de vida, a um fim de vida tranquilo, são os mínimos exigíveis para o reconhecimento e vivência da dignidade humana.

Naquele ano, tal como nos anteriores e que agora reitero, desejei aproveitar a quadra natalícia para apelar à concórdia, à tolerância, ao perdão, obviamente sem que isso implique: ‘apagarmos’ dos nossos ‘corações’ as ofensas de que temos sido vítimas; as desconsiderações de que fomos alvo; a rejeição a que alguém nos tenha votado; os desgostos que sofremos, a partir de atitudes de pessoas a quem nós tanto queríamos. 

Na verdade, enquanto estivermos lúcidos, é impossível ‘branquear’ o passado, mas é desejável que queiramos aprender com os erros, com as injustiças que cometemos contra aquelas pessoas que por nós tudo dão, generosamente e, sabermos com humildade, pelo menos, pedir desculpa e tudo fazermos para nos reconciliarmos.

Para iniciarmos um novo ano, com perspectivas de vida mais positivas, é necessário assumir que: «A vida é alegria e felicidade em ajudar a construir um mundo melhor e mais participativo, com equilíbrio e amor. Por isso a ordem é reprogramar o mundo interior para usufruir da arte de viver e para a reprogramação uma das melhores ferramentas encontra-se nas técnicas parapsicológicas». (FRANCESCHINI, 1996:67). 

Na verdade, a vida passa muito rapidamente. É essencial termos a consciência de que não vale a pena cogitarmos, desenvolver e aplicar processos maquiavélicos do tipo ‘caça às bruxas’, apenas para prejudicarmos, humilharmos e ‘pisarmos’ os nossos semelhantes. O ódio, a perseguição e a vingança conforme se semeiam, assim se colhem e não são próprios de pessoas com boa formação e sentimentos nobres.

Naquele Natal de 2022, confrontamo-nos com diversas dificuldades, que surgiram nesses dois últimos anos: a pandemia COVID-19, incêndios florestais, seca extrema, alterações climáticas, guerra movida pela Rússia contra a Ucrânia, ‘disparo’ da inflação, como não se fazia sentir há trinta anos, miséria, fome e morte. Mas é precisamente por tudo isso que a solidariedade não se deve manifestar apenas no Natal, mas nos 365 Natais do ano.  

Aproveito esta oportunidade para: primeiro, pedir desculpa por algum erro que, involuntariamente, tenha cometido e, com ele,  magoado alguém; depois para desejar um Santo e Feliz Natal, com verdade, com lealdade, com gratidão, seja no seio da família, seja com outras pessoas, com aquela amizade de um sincero ‘Amor Humanista‘, com um sentimento de tolerância, de perdão e muito reconhecimento pelo que me tem ajudado, ao longo da minha vida, compreendendo-me e nunca me abandonando. É este Natal, praticamente simbólico, que eu desejo festejar com a alegria possível, pesem embora as atuais restrições e condicionalismos, impostos por um conjunto de situações cruéis, que atiram cada vez mais pessoas para a miséria, fome e morte.

Finalmente, de forma totalmente pessoal, sincera e muito sentida, desejo a todas as pessoas que, verdadeiramente, com solidariedade, amizade, lealdade e cumplicidade, me têm acompanhado, através dos meus escritos, um próspero Ano Novo e que 2025 e, desejavelmente, as muitas dezenas de anos que se seguirem, lhes proporcionem o que de melhor possa existir na vida, que na minha perspetiva são: Saúde, Trabalho, Amizade/Amor, Felicidade, Justiça, Paz e a Graça Divina. A todas estas pessoas, independentemente das suas origens, etnias confissões religiosas e outras pessoas que comungam de valores humanistas, aqui fica, publicamente e sem reservas, a minha imensa GRATIDÃO.  

Bibliografia

FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci

Venade/Caminha – Portugal, 2022

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente Honorário  do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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